sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Problema informático obriga a chamar peritos da Microsoft


O Conselho Superior da Magistratura (CSM) emitiu um comunicado em que explica que o atraso na entrega do acórdão do processo Casa Pia se deve a um problema de formatação de texto, que está a ser resolvido por "especialistas da Microsoft" disponibilizados pelo Ministério da Justiça.

Um problema informático impede, pelo terceiro dia consecutivo, que seja entregue aos advogados o acórdão do processo Casa Pia, cuja súmula foi conhecida na sexta-feira passada, indicou hoje o Conselho Superior da Magistratura (CSM).

Em comunicado, o CSM reitera a informação já anteriormente prestada de que a demora na divulgação do acórdão, com cerca de duas mil páginas, se deve a problemas de formatação do texto que ainda não estão solucionados.

O documento indica que "desde hoje" a juíza presidente do colectivo, Ana Peres, tem sido apoiada por técnicos de informática, tendo estes recebido o reforço de "especialistas da Microsoft", disponibilizados pelo Ministério da Justiça.

O CSM reafirma que "o texto, no dia 3 de Setembro, se encontrava pronto em suporte informático, sendo composto por diversos ficheiros".

"Na data inicialmente indicada para a entrega, em suporte papel ou em suporte digital [quarta feira] (...), ao efectuar-se a junção dos referidos ficheiros, verificou-se que, nesses suportes, o texto do acórdão se apresentava desformatado, com blocos de texto contendo indicações de índole informática, anotações essas que não tinham interesse nem devem constar no texto desta -- ou de qualquer outra - peça processual", explica o comunicado.

O CSM refere também que estes contratempos informáticos foram verificados pelo advogado de um dos arguidos.

O julgamento do processo de abusos sexuais na Casa Pia chegou na sexta feira passada ao fim com a leitura do acórdão final, quase seis anos depois de ter começado.

A pena maior foi atribuída a Carlos Silvino, com o ex-funcionário da Casa Pia a ser condenado a 18 anos de prisão.

O apresentador de televisão Carlos Cruz foi condenado a sete anos de prisão, o diplomata aposentado Jorge Ritto a seis anos e oito meses e o ex-provedor-adjunto da Casa Pia Manuel Abrantes a cinco anos e nove meses.

A 8.ª Vara Criminal, no Campus de Justiça de Lisboa, aplicou ainda ao médico Ferreira Diniz a pena de sete anos de prisão e ao advogado Hugo Marçal a de seis anos e meio.

Gertrudes Nunes, dona de uma casa em Elvas onde alegadamente ocorreram abusos sexuais com alunos casapianos, foi absolvida.

fonte: DN

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