segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Banksy assina polémica sequência de abertura dos Simpsons


A sequência de abertura termina com um trecho que mostra trabalhadores asiáticos a serem escravizados por causa do merchandising dos Simpsons 

O conhecido street artist britânico Banksy criou uma polémica sequência de abertura de um episódio de "Os Simpsons". A introdução mostra Bart a escrever no quadro preto “Não devo escrever nas paredes” numa Springfield coberta de graffiti com a assinatura do artista e termina, não com a família sentada no sofá de casa, mas mostrando uma fábrica asiática a produzir merchandising dos Simpsons, com recurso a trabalho escravo e à morte de animais.

Esta sequência de abertura do episódio (chamado MoneyBart) foi emitida ontem nos EUA e foi a primeira vez que um artista foi convidado para criar parte do storyboard.

Banksy é o pseudónimo de um artista britânico cuja verdadeira identidade não é conhecida. As suas obras são satíricas e humorísticas. Um dos seus murais mais famosos mostra dois polícias britânicos a darem um beijo. Outra criação sua - uma rapariga e um rapaz com um escafandro - fez capa de um álbum dos Blur, “Think Tank” (2003).

A sequência de abertura idealizada por Banksy termina com um trecho de um minuto de duração que mostra trabalhadores asiáticos a colorir manualmente, num regime de quase escravatura, as vinhetas de animação da série (ver vídeo em link). A cena passa-se numa fábrica onde são feitos os produtos de merchandising da série. Vêem-se crianças a trabalhar, ossadas amontoadas de antigos trabalhadores, animais a serem mortos para encherem Barts de peluche e um unicórnio cansado cujo chifre serve para furar DVD’s.

Esta extensa sequência foi aparentemente inspirada na teoria que os produtores dos Simpsons recorrem a empresas sul-coreanas para animarem, em regime de outsourcing, a família amarela mais famosa do mundo.

De acordo com Banksy, citado pela BBC, o argumento para a sequência de abertura deu origem a atrasos e discussões acerca das normas de difusão televisiva, chegando mesmo a haver uma ameaça de demissão por parte do departamento de animação. “É isto que acontece quando trabalhamos com recurso a outsourcing”, ironizou um dos produtores-executivos dos Simpsons, Al Jean.

Especial Halloween satiriza saga Twilight

O episódio especial dos Simpsons dedicado ao Dia das Bruxas promete igualmente uma boa dose de humor ao parodiar a saga Crepúsculo.

O episódio Casa da Árvore do Terror - que será emitido nos EUA no próximo dia 7 de Novembro - conta três histórias e a uma delas os criativos chamaram “Tweenlight” (em vez de “Twilight”), tendo posto Lisa a apaixonar-se por Edmund, um rapaz misterioso que esconde um grande segredo: é vampiro.

Quando Lisa descobre que Edmund não é um mortal, juntos fogem para a Terra do Drácula, mas Homer vai persegui-los e assegurar que a sua filha não se transforma em vampira.

Os criadores dos Simpsons convidaram o actor Robert Pattinson - o protagonista da saga “Crepúsculo” e actual ídolo das adolescentes - para dar voz à personagem de Edmund mas o actor recusou. Em sua substituição, os produtores convidaram Daniel Radcliffe (o eterno Harry Potter), que aceitou dar a sua voz à personagem.

Link com a abertura polémica da série os Simpsons

fonte: Público

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