quinta-feira, 31 de março de 2011

Vestígios da radioactividade do Japão detectados em Lisboa



Instituto Tecnológico e Nuclear

O Instituto Tecnológico e Nuclear anunciou esta quinta-feira que detectou vestígios radioactivos do acidente nuclear no Japão no ar, mas em quantidades "muito baixas" e sem perigo para a saúde pública.

"Como seria expectável", as medições do Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN) feitas na sua estação de amostragem de Sacavém começaram na quarta-feira a detectar "vestígios dos radionuclidos césio e iodo" em amostras de aerossóis - partículas suspensas em gases na atmosfera, refere um comunicado do Instituto.

Estas concentrações têm "origem presumível no acidente ocorrido no Japão, são muito baixas e não representam quaisquer perigos para a saúde pública", garante o ITN, acrescentando que "continua a acompanhar o evoluir da situação efectuando regularmente medições".

No dia 28 já tinham sido detectados nos Açores vestígios do gás Xenon 133, sem perigo para a saúde e sujeitos a desaparecer em alguns dias, segundo um especialista da Universidade dos Açores.

As partículas radioactivas movem-se pelo mundo a grandes altitudes, levadas pelas correntes de ar atmosféricas.

O acidente na central nuclear de Fukushima, no Japão, deu-se na sequência do terramoto de 11 de Março. A central continua a libertar radiação e prosseguem as tentativas de conter a fuga.

fonte: JN

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mais de mil milhões de pessoas não terão água em 2050

Mais de mil milhões de pessoas, a maior parte dos quais nas cidades, terão falta de água em 2050, prevê um estudo hoje divulgado nos Estados Unidos (EUA).

Esta penúria ameaça as condições sanitárias de algumas grandes metrópoles mundiais e apresenta um risco para a fauna e a flora, avança a pesquisa, publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Se a tendência atual da urbanização continuar, em 2050 cerca de 993 milhões de habitantes das cidades terão acesso a menos de 100 litros de água por dia para viver, o que corresponde ao volume de um banho por pessoa.

Se se acrescentarem os efeitos prováveis da mudança climática, cerca de outros 100 milhões de pessoas não terão acesso a este volume de água, considerado pelos analistas como o mínimo necessário para um indivíduo para as suas necessidades de bebida, alimentação e higiene.

«Existem soluções para que estes mil milhões de pessoas tenham acesso à água. Mas isso requer muitos investimentos nas infraestruturas e uma melhor utilização da água», destaca o principal coordenador da investigação, Rob McDonald, do centro de estudos privado The Nature Conservancy.

Hoje ascende a 150 milhões o número de pessoas que consomem menos de 100 litros por dia.

Um cidadão médio dos EUA consome 376 litros por dia.

fonte: Sol

segunda-feira, 28 de março de 2011

TV alemã censura "Simpsons" por causa de desastre nuclear



Os episódio da popular série norte-americana sobre um acidente numa central nuclear não serão emitidos na Alemanha.

Após o sismo e o tsunami que abalaram o Japão a 11 de Março e dos problemas com a central nuclear de Fukushima que daí resultaram, os responsáveis pela televisão privada Pro7 decidiram não emitir os episódios que possam ser mais controversos, avança a AFP.

Em "Os Simpsons", Homer trabalha como segurança numa central nuclear. Nos episódios em causa vêem-se ser despejados num jardim detritos nucleares, tubos de refrigeração a serem perfurados ou ratos mutantes a ficarem luminosos.

O "Hollywood Reporter" acrescenta que a mesma medida vai ser seguida na Áustria e Suíça.

fonte: DN

domingo, 27 de março de 2011

Água na central de Fukushima com radiação 10 mil vezes superior ao normal



Três especialistas que quinta-feira trabalhavam no reactor 3 da central de Fukushima foram afectados por níveis de radiação 10 mil vezes superiores ao normal através do contacto com água radioactiva.

Dois dos três trabalhadores foram transportados para uma clínica especial situada em Chiba, cidade a sul de Tóquio, devido a queimaduras graves, avança o diário El Mundo.

Os trabalhadores entraram em contacto com a água enquanto tentavam reparar cabos de alimentação para restabelecer a refrigeração do rector 3 da central nuclear.

A operadora Tepco referiu que os trabalhadores foram afectados pelo contacto com água que continha elevados níveis de radiação, pois nenhum deles estaria a usar botas especiais de protecção.

Um porta-voz da empresa frisou que «é prematuro tirar conclusões» sobre a origem da contaminação da água, embora admita que «não se pode descartar» que haja danos nas barras de combustível do reactor 3.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, abordou publicamente a situação no Japão duas semanas depois do desastre que assolou o país.

Naoto Kan sublinhou a evolução da central de Fukushima é «imprevisível», apesar dos esforços por parte do Governo para estabilizar a refrigeração dos reactores da central.

Após o caso dos trabalhadores, o Governo japonês alargou o raio de evacuação de 20 para 30 quilómetros em redor de Fukushima.

A Agência de Segurança Nuclear e Industrial do país instou a Tepco a reforçar a protecção em torno dos trabalhos a decorrer na central nuclear de Fukushima.

As consequências do sismo e tsunami que afectaram o Japão a 11 de Março já superaram as 10 mil mortes e as 17 mil pessoas desaparecidas, sendo que mais de 250 mil encontram-se desalojadas.

fonte: Sol

'A luta' é uma nova marca, pá!



A crise aumentou a notoriedade e mediatismo dos Homens da Luta, que já têm convites para darem a cara por campanhas. Serão só mais uma marca da moda ou vão vencer a luta no mundo do marketing?

E o povo pá? Esta foi a frase, ou slogan, que lançou os Homens da Luta para as ruas portuguesas. Hoje são considerados por alguns especialistas de marketing uma das melhores marcas nacionais. Mas Jel, um dos mentores do projecto, faz questão de salientar que «os Homens da Luta já existem há quase seis anos e os especialistas nunca nos ligaram nenhuma. Depois de os resultados acontecerem é fácil virem com as receitas!».

Apesar de este ser um tema controverso no que diz respeito à definição de marca, principalmente no mundo académico, para Paulo Morais, especialista em marketing digital, eles são um produto que «simboliza a revolução e a crise em que vivemos. É uma marca que consegue transmitir ao mesmo tempo emoções contraditórias as sociadas à alegria e à revolta, o que a torna tão especial e diferenciadora».

Inconscientemente ou não, através da sua luta , Jel e o irmão Falâncio seguiram as regras básicas do marketing e «acabaram por dar uma lição a muitas marcas empresariais», acrescenta Paulo Morais.

Desde a definição da missão (luta), selecção do seu público-alvo (povo em geral), cumprimento de valores ou estratégia de comunicação (digital), «podemos estar perante um exemplo interessante de sucesso. Além disso, os Homens da Luta sabem ouvir os seus seguidores e, como se viu na manifestação da Geração à Rasca, respondem aos apelos de luta!», detalha.

«Se há valor no nosso trabalho é porque somos persistentes e nunca desistimos. Tentámos sempre inovar e crescer. Este é nosso segredo de marketing», revela Jel, ao SOL.

Outra das características importantes, principalmente nos tempos actuais, é que os Homens da Luta criam valor sem custo para o seu público-alvo. «Não preciso de gastar um cêntimo para me divertir com eles e aceder ao seu conteúdo (música e vídeos). Este é um modelo de negócio que começa a ganhar terreno no mundo dos negócios. Temos o exemplo da Google», comenta Paulo Morais.

Mas, para permitir que os adeptos da revolução não gastem um tostão, são os líderes da luta que ficam desfalcados . «O investimento saiu todo do nosso bolso. Nós não temos qualquer tipo de patrocínios, pá! E em muitas situações perdemos dinheiro, como por exemplo quando fomos gravar o programa da SIC Radical para os EUA, merchandising ou a gravação do nosso álbum» revela Jel. «Aliás ainda estamos a pagar o empréstimo ao banco!», acrescenta.

Quanto ao futuro da marca Homens da Luta, para Joaquim Caetano, especialista em marketing político, uma vez que eles são «um produto do momento político que vivemos e um factor de moda, caso continuem com a mesma postura vão cair em desuso muito rápido. Ou optam por implementar mesmo um posicionamento, ou então serão apenas mais um produto de ocasião».

Mas Jel e Falâncio não partilham a mesma opinião e vão continuar na luta . Além do livro Viva a Crise! Manual da Alegria - que vai ser lançado no dia 8 de Abril -, os camaradas também já estão a a negociar com a SIC Radical um novo programa que irá para o ar até ao final do ano.

E, como a revolução não se faz só na rua, os Homens da Luta também querem entrar no grande écran e realizar um filme. «Mesmo que nenhuma produtora esteja interessada, pagamos do nosso bolso! Não estamos nisto para ficar ricos, pá! Estamos nisto para continuar a criar riqueza e trabalho», adianta Jel. Aliás, «Eu e o meu irmão criámos e lançámos o projecto, mas hoje já somos 20. Somos uma marca cooperativa, onde o ganho é dividido por todos e é reinvestido».

A liberdade criativa, continuar a dar a cara em manifestações e comícios políticos são «a nossa imagem de marca e vamos mantê-la». Desde que ganharam o Festival da Canção já receberam propostas para dar a cara numa publicidade de um banco, bem como de outros sectores de actividade como bebidas e retalho, «mas recusámos sempre. Além de ir contra os nossos princípios, achamos que não devemos misturar os Homens da Luta, nesta altura, com nenhuma marca», detalha.

fonte: Sol

quinta-feira, 24 de março de 2011

Detectada burla nos Censos



Há empresas que estão a cobrar aos cidadãos entre seis e 12 euros para preencherem os questionários dos Censos 2011, escreve o Público. A denúncia parte do Instituto Nacional de Estatística (INE), que lembra que «existe uma estrutura no terreno disponível e vocacionada para ajudar, ou preencher na íntegra, os questionários».

Segundo o Público, as situações de burla foram registadas nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. Quase todas foram dirigidas a idosos na suposta entrega dos questionários porta a porta.

Na Figueira da Foz uma idosa de 84 anos foi burlada em mil euros depois de ter aberto a porta a um homem que a interpelara a propósito dos Censos, escreve o jornal.

Algumas juntas de freguesia decidiram, devido a estes casos, personalizar os coletes que identificam os recenseadores e freguesia de Oliveirinha, concelho de Aveiro, divulgou junto da população fotografias dos recenseadores antes de estes irem a casa dos cidadãos.

fonte: Sol

Veja a primeira página do SOL



As notícias que fazem a primeira página da edição impressa do SOL e os destaques da economia do caderno Confidencial.

fonte: Sol

quarta-feira, 23 de março de 2011

Morreu Elizabeth Taylor



Morreu hoje, aos 79 anos, Elizabeth Taylor, uma das mais aclamadas actrizes de Hollywood, anunciou hoje o seu agente. João Lopes, crítico de cinema do DN, fala do mito, dos filmes e da amizade da actriz com Michael Jackson.


Elizabeth Taylor "morreu esta manhã em paz", em Los Angeles, no Hospital Cedars-Sinai, disse o seu agente à comunicação social norte-americana, depois de a actriz ter passado vários anos a lutar contra uma insuficiência cardíaca grave, que levou à sua hospitalização há cerca de seis semanas. Liz Taylor, como era conhecida, era uma das últimas lendas vivas de Hollywood.

Nascida em 1932, Liz Taylor tornou-se actriz logo em criança, e participou em alguns dos mais conhecidos filmes da chamada "época de ouro" de Hollywood. Ao longo da sua carreira ganhou dois Óscares - pelas suas participações em "Butterfield 8" (de 1960) e "Who's Afraid of Virginia Woolf" (1966) - e foi nomeada para outros quatro.

Com uma beleza lendária e invulgar -- morena com olhos de cor violeta --, Elizabeth Taylor viveu uma vida plena de dramas e paixões. Passou por oito casamentos, dois deles com o mesmo homem, o galês Richard Burton, com quem manteve um dos romances públicos mais tórridos dos anos 60 e 70.

Elizabeth Taylor nasceu em Hampstead, noroeste de Londres, filha de um "marchand" de arte e de uma actriz norte-americanos.

Estreou-se no cinema aos 11 anos, em "Lassie, O Regresso" (Lassie Come Home - 1943), conquistando quase instantaneamente o público americano. Rapidamente conseguiu papéis em produções de realizadores conceituados, como "O Pai da Noive" (The Father of The Bride - 1950), de Vincente Minnelli, passando do estatuto de jovem estrela a actriz adulta e respeitada. "Uma das raras vezes em que verdadeiramente fui feliz foi em criança, antes de começar a representar", confessaria já adulta à comunicação social.

Em 1956, aos 24 anos, participou em "Gigante" (Giant), com dois dos actores mais aclamados do momento, Rock Hudson e James Dean -- que viria a morrer antes da estreia do filme -- iniciando uma gloriosa década da sua carreira. Foi a inesquecível Maggie em "Gata em Telhado de Zinco Quente" (Cat on a Hot Tin Roof - 1958), ao lado de Paul Newman, e entrou no universo de Tennesee Williams em "Suddenly, Last Summer", de Joseph L. Mankiewicz, tornando-se numa das actrizes mais bem pagas de Hollywood.

Foi também nesta altura que começou o lado mais sombrio da sua vida, entrando em depressão com a morte acidental de Mike Todd, o seu terceiro marido, em 1958. Já com três filhos na altura, Liz Taylor decide adoptar uma menina alemã com deficiência e apaixona-se pelo cantor Eddie Fisher. "Tenho necessidade de estar casada, provavelmente porque tenho um forte sentimento de insegurança", diria numa entrevista.

Em 1963, "Cléopatra", de Mankiewicz, foi um marco na sua carreira e na história da Sétima Arte. Ganhou um milhão de dólares e conheceu aquele que seria o amor da sua vida, Richard Burton, por quem se apaixonou imediatamente. A paixão fez capas de jornais e revistas e culminou em dois casamentos (em 1964 e 1975) e dois divórcios. Contracenaram em "Quem Tem Medo de Virginia Woolf" (Who's Afraid of Virgnia Wolf - 1966), de Mike Nichols, e "A Fera Amansada" (The Taming of the Shrew - 1967), de Franco Zeffirelli.

Em 1967, contracenaria com outra lenda de Hollywood, Marlon Brando, em "Reflexos num Olho Dourado" (Reflexions on a Golden Eye), de John Huston e, no início dos anos 70, a sua vida ficou marcada pelo consumo de álcool, tranquilizantes e pelas inúmeras paixões que lhe seriam conhecidas. Depois de Richard Burton, casou-se ainda duas vezes, divorciando-se pela última vez em 1996.

Ao longo da vida, Liz Taylor dedicou-se a várias causas de caridade, nomeadamente à luta contra a Sida. Cultivou ainda várias amizades, uma das mais conhecidas e peculiares com Michael Jackson, cuja morte, em 2009, a marcaria muito: "Amava o Michael do fundo do coração e não consigo imaginar a minha vida sem ele", confessou.

fonte: DN

José Sócrates pediu a demissão: "Agora e sempre confio nos portugueses"



"Apresentei agora mesmo a demissão do cargo de primeiro-ministro. Tenho consciência da seriedade desta decisão", começou José Sócrates. Antes disso, a presidência da República emitiu um comunicado em que informava que o primeiro-ministro pedira a demissão.

As declarações de José Sócrates:

- "Sempre alertei para as consequências negativas de um programa de ajuda externa. Tem consequências negativas para imagem, prestígio e reputação nacional".

- "Um programa de ajuda externa tem consequências negativas para pessoas e empresas. Basta olhar para países que recorreram a essa ajuda. Foi para isso que até ao último minuto mantive total dospinibilidade para negociar com todos. Ao longo destes dias fiz inúmeros apelos à responsabilidade"

- "Lamento que tenha sido o único a fazer esse apelo e que nenhuma força política tenha respondido a esse apelo".

- "Esta crise política era evitável, desnecessária e inoportuna"

- "O que se passou hoje na AR não tem a ver comigo. Tem a ver com o País e hoje o País perdeu. Esta crise política tem consequências gravíssimas para a confiança que Portugal precisa de ter nos mercados internacionais.

- "Pela minha parte sinto que estou a cumprir o meu dever. Apresentei as medidas necessárias e urgentes e fi-lo com uma única preocupação: poteger o país da necessidade da ajuda externa.

- "Portugal não ficou sem governo: cumprirá o seu dever"

- "A crise política só pode ser resolvida pela decisão soberana dos portugueses. Com a determinação de sempre e a mesma vontade de servir o meu país, irei submeter-me a essa decisão"

- "Agora e sempre confio nos portugueses. Agora e sempre eu confio em Portugal"

Antes de Sócrates falar aos porugueses, a Presidência da República emitiu um comunicado dando conta da demissão, que colocou no seu site oficial - que ficou imediatamente inacessível, presumivelmente dado o número de acessos de utilizadores que teve.

Dia 25, Cavaco Silva vai receber os partidos com representação na Assembleia da República.

O Governo mantém-se em funções até novas eleições.

A reunião do primeiro-ministro com o Presidente da República, no Palácio de Belém, demorou cerca de 20 minutos. Sócrates chegou a Belém pelas 20.20 e saiu às 20.40.

Fonte oficial disse ao DN que José Sócrates previa falar ao País às 20.00h, em São Bento. No entanto, o atraso do encontro com Cavaco obrigou ao mudar de planos. Sócrates falou às 21.00 a partir de São Bento.

No debate na Assembleia da República, a que Sócrates - e grande parte dos ministros do seu Governo - não assistiram, o PEC 4 foi rejeitado por todos os partidos da oposição.

Às 15h37, o primeiro-ministro, depois de ouvir a intervenção inicial do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, abandonou o hemiciclo, dirigindo-se para a sua residência oficial.

fonte: DN

terça-feira, 22 de março de 2011

Partículas radioactivas detectadas na Islândia



Na Islândia foram detectadas pequenas partículas radioactivas que podem ser provenientes de Fukushima, embora sejam demasiado pequenas para constituírem qualquer perigo para a saúde humana.

De acordo com o diário El Mundo, quantidades minúsculas de partículas de iodo foram detectadas por uma estação de observação na capital islandesa, Reiquiavique.

As partículas terão atravessado o oceano Pacífico e chegado ao Atlântico por via da América do Norte, e resumem-se a isótopos de iodo com quantidades muito pequenas de energia radioactiva.

A detecção foi feita por uma estação de observação da Organização do Tratado de Proibição Completa de Ensaios Nucleares (OTPCEN), organismo da ONU sediado em Viena e que possui 63 estações espalhadas por todo o mundo.

A Islândia é o primeiro caso europeu em que foram detectadas partículas radioactivas supostamente originárias de Fukushima, após já terem sido detectados indícios na Califórnia, Washington e no Alasca (EUA), e também na região oeste do Canadá.

Na segunda-feira a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) confirmou que foram detectados níveis elevados de radioactividade na região de Fukushima.

A 11 de Março um sismo e posterior tsunami assolaram o nordeste do Japão, o que tem causado uma instabilidade na refrigeração dos reactores da central nuclear de Fukushima.

fonte: Sol

Xenofobia ressurge na Alemanha em forma de livro

Thilo Sarrazin é o autor do livro que já vendeu mais de 1,2 milhões de cópias no país. Nele cataloga os imigrantes muçulmanos como «a causa de todos os problemas» e crê que vão reduzir o nível de inteligência do país.

«Acusam-me de ser racista mas as questões que levanto são partilhadas por 60 por cento da população», começa por sublinhar ao diário El País.

Ex-director do Bundesbank e membro do Partido Social Democrata Alemão (SPD), o autor escreveu uma obra recheada de conteúdos xenófobos que já levou a que fosse rotulado como racista.

Com o título Alemanha destrói-se - em alemão Deutschland schafft sich ab -, o livro tem sido frequentemente associado ao passado nazi do país.

O livro reúne diversos argumentos sustentados por números e estatísticas, onde são realçadas as dificuldades de integração dos muçulmanos e a sua excessiva dependência em ajudas sociais.

O autor defende mesmo - segundo teorias de «inteligência genética» -, que os maiores níveis de fertilidade destes imigrantes vão conduzir à redução do nível médio de inteligência na Alemanha.

Thilo Sarrazin sublinha que a Alemanha «vai destruir-se a si mesma» se não alterar urgentemente as suas políticas de imigração.

Às críticas que o apontam como racista, o autor defende-se ao dizer que «eu digo que a sua [muçulmanos] falta de integração deve-se à sua cultura», acrescentando: «Não digo nada no meu livro no que diz respeito à sua inteligência média».

A polémica que envolve o livro tem contribuído para um recente aumento das tensões sociais na Alemanha, com representantes de grupos muçulmanos a alegarem que os imigrantes estão a ser alvos de discriminação racial.

fonte: Sol

Morreu Artur Agostinho



Artur Agostinho morreu hoje, com 90 anos, avança do Record, que Agostinho chegou a dirigir. Além de jornalista, foi actor, locutor, apresentador, publicitário e escritor. (em actualziação)

Nascido em 1963, Artur Agostinho participou em filmes como Cais do Sodré (1946), O Leão da Estrela (1947), Cantiga da Rua (1950) ou Perfeito Coração (2009).

fonte: Sol

Radioactividade já chegou aos EUA. População em pânico



Presidente Obama já veio sossegar a população, isto depois de uma agência das Nações Unidas ter avisado que uma nuvem de partículas iria atingir esta sexta-feira a costa oeste dos EUA. População já deu sinais de pânico, apesar de os níveis medidos no sul da California estarem muito abaixo do limite máximo legal.

Segundo as agências AP e Reuters, citando dois diplomatas, já chegaram algumas partículas radioactivas à costa oeste dos Estados Unidos. E, por causa disso, parte da população já deu sinais de pânico, tendo começado a corrida às máscaras de gás, pílulas anti-radiação e até abrigos para animais. Entretanto, no Japão, o nível de gravidade do acidente subiu uma escala, de quatro para cinco, o mesmo nível de gravidade do segundo acidente nuclear mais grave de que há memória, o de Three Mile Island, nos EUA.

fonte: Jornal i

segunda-feira, 21 de março de 2011

PEC? JÁ DEI!



Bullying: quando a vítima vira agressor


Um vídeo de 41 segundos, que mostra uma cena de pancadaria entre dois alunos de uma escola australiana, relançou o debate sobre o bullying no país.

Um dos rapazes, de 16 anos, começa por ser agredido a soco por um miúdo mais baixo e mais magro, antes de reagir com violência atirando-o contra o chão. A cena foi filmada pelos colegas e publicado no Facebook.

Os protagonistas do vídeo (a quem já foram dadas alcunhas) queixam-se ambos de serem vítimas de bullying. Um e outro, bem como os respetivos pais, têm sido entrevistados por televisões e jornais australianos. Richard, que provoca o outro jovem, diz que era agredido na primária. E acrescenta que só fez o que fez porque o colega o insultava.

O colega (cujo golpe aplicado a Richard já foi copiado por uma empresa sul-coreana para uma animação) diz que há anos é gozado e agredido pelos colegas.

fonte: Expresso

Guantánamo: Amado admitiu "necessidade logística do uso da base das Lajes"


Portugal só exigiu garantias sobre voos da CIA em 2009. E só para detidos que vieram para Portugal.

Era suposto o assunto não constar da agenda, mas um pequeno incidente tornou-o obrigatório. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, estava de viagem marcada daí a 15 dias para a primeira reunião com Hillary Clinton, a nova secretária de Estado da recém-eleita Administração Obama, e o encontro com o embaixador Thomas Stephenson em Lisboa servia de preparação para a ida à Casa Branca.

O incidente ocupa poucas linhas no telegrama confidencial que Stephenson escreveu a 21 de maio de 2009, no dia a seguir a ter estado com Amado. A 14 de maio, uma semana antes, o Ministério dos Negócios Estrangeiros tinha negado autorização para um avião da força aérea americana aterrar na base militar das Lajes, onde os Estados Unidos operam desde a II Guerra Mundial.


Cara a cara com o embaixador americano, o ministro explicou-se: a recusa de aterragem do avião, "depois de ter entregue um detido argelino (de Guantánamo) a França, foi recomendada pelo diretor-geral de política externa, Nuno Brito, que, segundo Amado, estava preocupado com as consequências políticas da escala. Amado disse que assinou por baixo a recomendação de Brito, mas que entendia perfeitamente a necessidade logística de usar a base aérea das Lajes para fechar o centro de detenção de Guantánamo e prometeu total cooperação em voos futuros". No final do telegrama, o embaixador comentava: "Amado tem sido extraordinariamente prestável para com o Governo dos Estados Unidos durante todo o seu mandato, o que faz com que a recusa de 'clearance' da semana passada seja ainda mais surpreendente".

O argelino que ia a bordo, Lakhdar Boumediene, era o segundo suspeito de terrorismo detido na prisão americana em Cuba a ser repatriado na Europa já com Obama como presidente. Era uma "boa transferência", diferente de muitas outras que tinham acontecido antes, para Guantánamo e de Guantánamo.

A conversa entre o ministro e o diplomata americano levanta, no entanto, uma questão: se a "necessidade logística do uso da base das Lajes" existe para as "boas transferências", não existe também para as "más", as que dizem respeito ao rapto de cidadãos em países europeus e noutros lados do mundo depois do 11 de setembro de 2001? E se houve um processo individual de autorização diplomática para aquele voo, porque não houve para os outros anteriores?

A dúvida persiste, à porta fechada, nas conversas entre os diplomatas portugueses e americanos, em detalhes que vão saltando da correspondência enviada para Washington.

A 22 de fevereiro de 2008 (telegrama de 11 de março), um alto elemento do Departamento de Estado americano, Kurt Volker, informou o então diretor de política externa do MNE que o Governo de Londres ia anunciar nesse próprio dia que a Casa Branca admitia o trânsito de dois detidos por território britânico, contrariando desmentidos anteriores. "Os aliados dão informação quando a têm. Não questionamos os vossos pedidos", replicou o diplomata português.

Garantias colaterais

Em nenhum dos 722 telegramas da embaixada - que vão de 2006 a 2010 - há qualquer menção a pedidos de esclarecimento por parte do Governo português sobre a passagem dos voos da CIA pelo nosso território, apesar de a correspondência diplomática abranger o período em que havia uma intensa investigação a correr pelo Parlamento Europeu (entre 2006 e 2007): e apesar de haver relatórios sobre tudo e mais alguma coisa.

Apenas mais para o fim, num telegrama de 11 de janeiro de 2009, já com Obama no poder e com Portugal a discutir as condições para o repatriamento de detidos de Guantánamo, é que surge um pedido de garantias. Muito circunscrito. "Não aceitamos nenhum detido que 'tenha estado em Portugal'", diz à embaixada o diretor-adjunto da política externa do MNE. "Rui Macieira explicou que isso significava que o Governo português ia procurar garantias de que o detido não transitou por Portugal a caminho de Guantánamo".

E aqui outra questão se coloca: a Casa Branca já não tinha dado garantias a Portugal que não tinham passados presos por cá? Amado não tinha discutido isso com Condoleezza Rice, a secretária de Estado de Bush? Uma fonte não oficial do Palácio das Necessidades justifica: "As garantias nunca são demasiadas".

Por meias palavras, o tom dos telegramas sugere onde pode estar a verdade. "A não ser que a informação partilhada (por Ana Gomes e o jornalista Rui Costa Pinto) em privado com os procuradores seja significativamente mais substancial do que os acusadores têm dito publicamente, é difícil acreditar que esta fase preliminar levará a uma acusação", escrevia o embaixador Hoffman a 7 de fevereiro de 2007.

De acordo com uma lista detalhada que a NAV chegou a entregar à comissão do Parlamento Europeu que investigou os voos da CIA, num total de 94 voos civis e militares de e para Guantánamo ocorridos entre janeiro de 2002 e junho de 2006 com passagem pelo espaço aéreo dos Açores, houve 11 que envolveram escalas na base aérea das Lajes. Desses 11, cinco tinham como destino o centro de detenção em Cuba (enquanto os outros seis faziam o caminho inverso, com origem em Guantánamo).

Um desses voos, realizado a 20 de setembro de 2004 num avião militar C17, é apontado pela organização não-governamental Reprieve como tendo transportado 10 detidos para aquela prisão de alta segurança, incluindo o etíope Mohammed Binyam, que teria parado também no Porto em 2002, numa escala entre Rabat e Cabul.

Binyam, através da Reprieve, escreveu a José Sócrates em 2008 a pedir ajuda para o seu caso. O primeiro-ministro respondeu-lhe e remeteu o assunto para a Procuradoria-Geral da República (que chegou a enviar documentação para a defesa do detido). O etíope seria, depois disso, o primeiro repatriado da era Obama, antes do argelino que deu azo ao incidente com Amado. E seria um de 11 ex-presos a ser indemnizado pelo Reino Unido, para onde foi viver (e onde vivia antes), em quase um milhão de euros, para não levarem o caso a tribunal (os repatriados alegavam que os serviços secretos britânicos teriam participado na operação).

Confrontado pelo Expresso, o gabinete de Luís Amado não quis comentar os telegramas. "O ministro já disse tudo o que havia a dizer sobre o assunto", justificou uma fonte oficial do MNE. Para a eurodeputada socialista Ana Gomes, no entanto, devia ser exatamente ao contrário. "A Procuradoria-Geral da República devia ir agora consultar os arquivos do MNE e procurar as autorizações dadas aos voos para Guantánamo, o que não foi feito no processo-crime que foi arquivado". Para o rosto mais conhecido da investigação do Parlamento Europeu aos voos da CIA, está ainda tudo por dizer.

fonte: Expresso

“Apocalipse” no Japão



O Japão foi sacudido por sismo de magnitude 8,9 e varrido por tsunami, no dia 11 de março, que o devastou. As autoridades nipónicas lutam, agora, sobretudo para tentar conter a ameaça nuclear que representa a central nuclear de Fukushima 1, a 250 quilómetros a nordeste de Tóquio, seriamente danificada. Dos seis reatores da central, quatro registam problemas graves. As explosões fizeram disparar os níveis de radioatividade que – afirmaram as autoridades – “poderão ter impacto na saúde humana” dentro do perímetro definido de 30 quilómetros em torno da central.

A Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA), a quem o Japão já pediu ajuda para lidar com esta crise nuclear, como mandam os procedimentos internacionais, aponta os níveis de radiação em mais de 400 milisieverts, quatro vezes mais do que o necessário para provocar cancro e 400 vezes maior que o limite legal.

O medo de uma nuvem radioativa acabou por ser mitigado com o anúncio da redução dos níveis radioativos. A chegada do vento, que dispersou a radiação, empurrando-a para o Oceano Pacífico, não implica, no entanto, o fim dos receios. Por isso, mantém-se a zona de exclusão de 30 quilómetros à volta da central para pessoas e aviões.

A população num raio entre os 20 (zona interdita) e os 30 quilómetros da central, foi aconselhada pelas autoridades a não sair de casa, não ligar sistemas de ventilação que puxem ar do exterior nem sequer estenderem roupa na rua.


Quer fatura ou pode ser sem fatura?



O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais apresentou aos parceiros sociais uma medida que terá de ser implantada em todos os ramos de atividade, a obrigatoriedade de ser passada uma fatura para todos os bens e serviços, a fim de se tentar combater a invasão fiscal muito em alta no nosso país. Já que o facto de não se passar uma fatura contribui para uma fuga em duas vertentes, uma vez que existe a fuga na liquidação das empresas e no pagamento do IRC.

Muitas vezes até são os próprios prestadores de serviços ou vendedores a fazerem a célebre pergunta: “quer com ou sem fatura?”. Ora é aqui que começa a grande fuga aos impostos, pois o que acaba por diminuir o custo de um bem ou serviço, acaba também por prejudicar a redistribuição da riqueza.

Esta luta à evasão fiscal começou a ser feita ainda no Governo de Durão Barroso, tendo sido seguida pelos Governos de José Sócrates. E se este combate conseguir ser bem-sucedido, tal poderá contribuir para a diminuição da carga fiscal. Contudo, é necessário que a consciência seja generalizada, porque se todos pagarem, todos pagaremos menos.

A medida acima mencionada tem como finalidade fazer aumentar a receita do IVA, pois, se em todas as atividades forem passadas as faturas dos bens ou serviços vendidos, logo haverá um aumento do IVA a liquidar.


domingo, 20 de março de 2011

Obama fala em português... no Brasil


Na visita que faz ao Brasil, o Presidente dos Estados Unidos saudou aqueles que o ouviam no Theatro Municipal do Rio de Janeiro com algumas palavras em português

fonte: Sol

Homem que vive sem dinheiro já tem seguidores

O antigo empresário inglês desiludido com o sistema que vive há dois anos e meio sem dinheiro, Mark Boyle, disse que já tem seguidores, desde que lançou um livro sobre a sua experiência.

Em entrevista telefónica à Lusa, um dos oradores do evento TEDx programado para segunda-feira no Porto referiu que o livro The Moneyless Man (O homem sem dinheiro), em que relata o primeiro ano de vida fora da economia monetária, levou a que várias outras pessoas começassem experiências idênticas.

«Há já várias pessoas a fazerem o mesmo. Parece-me que cada vez mais e mais pessoas estão a viver sem dinheiro», referiu, explicando que «há dois níveis: as pessoas que vivem sem dinheiro nenhum e as que criam condições para viver com o mínimo dinheiro possível».

Mark Boyle, formado em economia, reconheceu que «99,9 por cento das pessoas não querem viver sem dinheiro imediatamente», pelo que o que tem feito, através da organização que criou, The Freeconomy Comumunity, é ajudar os outros a reduzir a sua dependência do dinheiro.

«Cultivo a minha própria comida, lavo no rio, criei a minha própria energia, faço os meus móveis com a minha madeira», referiu, explicando que para cada actividade teve de encontrar uma solução que não implicasse usar dinheiro.

Mark Boyle garantiu que é muito mais feliz agora, apesar de a sua vida social ser «muito diferente do que era».

«Não sou casado, mas não diria que vivo só. Tecnicamente, vivo só, mas recebo muitas visitas, de pessoas que querem passar algum tempo comigo. Vivo numa parte muito bonita do país», salientou.

Com os visitantes ocasionais, cozinham, fazem fogueiras e tocam música, o que torna a vida de Mark menos solitária.

«A minha vida social, em alguns aspectos, é muito boa. É claro que é muito diferente da vida social que tinha quando vivia na cidade e tinha um bom emprego. Já não vou a bons restaurantes e pubs, mas continuo a ter imensos amigos. Nunca fui tão feliz, para ser honesto. Têm sido os tempos mais felizes da minha vida», frisou.

Mark Boyle vive numa roullote junto a uma quinta próximo de Bristol, Inglaterra, desloca-se de bicicleta e tem um computador alimentado a energia solar.

Defende o regresso à economia de troca e partilha, e considera que o mal-estar social e ambiental vem da falta de ligação das pessoas à produção dos bens que utilizam e consomem.

A presença de Mark Doyle no TEDx Porto despertou a atenção de pessoas vários países, como Bangladesh, Grécia e Brasil, que se deslocam a Portugal de propósito para aproveitar uma ocasião rara de ouvir o «homem sem dinheiro».

Manuel Forjaz, organizador do evento, disse à agência Lusa que esta é a primeira vez que Mark Doyle vai falar sobre a sua experiência fora da Inglaterra.

fonte: Sol

Novo ataque às forças de Kadhafi em Tripoli



A defesa antiaérea líbia entrou em acção hoje em Tripoli, com vários disparos para dar resposta a um novo ataque das forças da coligação na zona da residência de Kadhafi.

Jornalistas localizados em Tripoli relataram ter ouvido fortes estrondos e visto traços de fogo no céu, nomeadamente perto da zona de residência de Muammar Kadhafi.

A defesa antiaérea líbia entrou em acção cerca das 18h15 (hora de Lisboa) indiciando a resposta a novo ataque aéreo das forças internacionais mandatadas pela ONU.

Entretanto, o regime de Kadhafi anunciou um cessar-fogo para as 21h00 locais (19h00 em Lisboa).

A coligação, com Estados Unidos, França e Reino Unido a ter o papel mais activo, entrou em acção sábado, com ataques por ar e mar contra alvos militares estratégicos na Líbia, para tentar parar a repressão da revolta lançada contra o regime de Kadhafi.

A intervenção está legitimada por uma resolução aprovada na quinta-feira pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

fonte: DN

sábado, 19 de março de 2011

Iodo radioactivo detectado na água em Tóquio



Vestígios de iodo radiativo foram encontrados na água da torneira em Tóquio e noutros locais, noticia hoje a agência de notícias Kyodo, citando fontes governamentais.

Segundo a agência France Press, níveis anormais de radioatividade foram detetados hoje em dois alimentos em Fukushima e Ibaraki, próximo da central nuclear acidentada na sequência do sismo de 11 de Março (ver notícia relacionada).

A central nuclear japonesa de Fukushima continua a preocupar as autoridades locais e internacionais, desde que o sismo e tsunami provocaram problemas graves e desencadearam um acidente nuclear.

Os danos provocados impediram a distribuição da corrente eléctrica que permite arrefecer o combustível irradiado que se encontra no interior dos reatores da central, bem como o que está armazenado nas piscinas de arrefecimento.

A avaria do sistema de arrefecimento já provocou importantes emissões radioativas para a atmosfera, que podem agravar-se caso as bombas não sejam rapidamente repostas em funcionamento.

O sismo e o subsequente tsunami causaram pelo menos 6405 mortos.

fonte: DN

segunda-feira, 14 de março de 2011

Japoneses assistem à destruição de aldeia pelo tsunami


Vídeo da rede japonesa NHK mostra várias pessoas em fuga para áreas mais elevadas enquanto o tsunami varre as suas casas em Minamisanriku.

fonte: Sol

Portugal conta tudo antes das reuniões na Europa



Há 30 telegramas entre 2006 e 2009 que mostram como, antes de cada Conselho Europeu de ministros dos Negócios Estrangeiros, Portugal informa os EUA sobre o que lá se vai passar. (Aceda aos telegramas na íntegra através deste texto)

Durante três anos seguidos, entre 2006 e 2009, os Estados Unidos obtiveram regular e sistematicamente informações sobre a política externa portuguesa e europeia, seguindo de perto alguns dossiês e pressionando os que consideravam mais "sensíveis". É isto que se conclui da análise dos telegramas oriundos da embaixada americana em Lisboa durante aquele vasto período (e, ao que se sabe, depois disso) que relatam, mês a mês e ponto por ponto, as reuniões dos seus diplomatas com homólogos portugueses.

Aos americanos interessa-lhes tudo, das questões europeias em geral a questões da política externa em particular. Uma obsessão, todavia: o Kosovo e a sua independência, declarada unilateralmente a 17 de fevereiro de 2008 e só reconhecida por Portugal em outubro desse ano. E um interesse especial: a cimeira UE-África, realizada em dezembro de 2007, no âmbito da presidência portuguesa da União, em cuja unidade de missão esteve previsto participar um diplomata americano, ao abrigo de um programa de intercâmbio.

Em ambos os temas, os EUA fizeram sentir a sua "forte oposição" em relação às atitudes portuguesas, não coincidentes com as suas, como refere o embaixador Alfred Hoffman, ao relatar, num telegrama de 24/10/2007, um encontro sobre o Kosovo com as diplomatas portuguesas Liliana Araújo e Rita Laranjinho. "Respondemos veementemente que as discussões da troika não podiam ser inconclusivas e que adiamentos sucessivos só contribuiriam para a instabilidade", diz, a propósito da informação de que o relatório sobre a situação naquele território, que seria entregue posteriormente, não seria considerado "o fim" do processo.


O tom é semelhante num outro documento, de 18/7/2007, desta feita sobre o Zimbabwe, quando o diplomata americano Daniel Fried se reúne em Lisboa com os diretores políticos dos 27 Estados da UE. Narrando a reunião, escreve Hoffman: "O embaixador Fried elogiou os esforços portugueses para realizar uma cimeira UE-África, mas expressou a sua esperança de que Portugal enviaria um forte sinal de apoio à boa governação, não convidando o Presidente do Zimbabwe Robert Mugabe". A resposta portuguesa foi lapidar: "Portugal encontrará uma solução". Como se sabe, Mugabe veio à cimeira, mas o convite foi assinado por José Sócrates, "apenas" como primeiro-ministro do país anfitrião, não de presidente em exercício da UE.

Os americanos, reconhecem, aliás, que "os portugueses estão determinados em realizar com êxito uma cimeira UE-África" (telegrama de 28/3/2007) e que Portugal "aguenta firme" quanto a Mugabe. "Não controlamos quem representa África, isso é com a União Africana", responde o assessor diplomático do primeiro-ministro ao embaixador Hoffman, quando este lhe "expressa a profunda preocupação" com a eventual presença do líder africano, num telegrama de 5/11/2007.

Curiosamente, o Tratado de Lisboa, a maior 'conquista' da presidência portuguesa, nem sequer é referido nos telegramas a que o Expresso teve acesso.

Porém, muitos outros temas são abordados, ao ponto de nos indagarmos se os próprios deputados portugueses seguem com tanta atenção os passos da política externa portuguesa.

Small fish

Os americanos querem saber tudo e de tudo dão conta para Washington. Desde os Balcãs ao Médio Oriente (com realce para o Irão), passando pela Rússia e Geórgia, a propósito de cuja guerra o embaixador Stephenson acha "interessante que Portugal ainda confie nas promessas de Medvedev". Abordam África, mas também a Ásia, onde conta a China, a Coreia do Norte ou até a Birmânia. Frequentemente, comentam as posições portuguesas, ou fazem a distinção entre o que lhes parece ser a posição oficial e a pessoal do seu interlocutor.

Sobre a cimeira UE-Rússia, por exemplo, que Portugal organizou em outubro de 2007 e que mereceu grande atenção à parte americana, diz Hoffman: "Os portugueses estão atentos em marcar os mesmos pontos que nós, embora não tão assertivamente como gostaríamos". E comenta: "Sócrates e outros funcionários governamentais caracterizaram a cimeira como um sucesso... mas parece-nos a nós de pequena monta (small fish)".

Mais tarde, num texto sobre um encontro com Jorge Rosa de Oliveira (ex-assessor diplomático do PM), o embaixador anota que este lhe afirmou que o "objetivo de Portugal era garantir que as relações com a Rússia fossem melhores no fim do que no princípio da cimeira". "Não me surpreende" - escreve - "a satisfação de Portugal em ter cumprido objetivos tão pouco ambiciosos". Sobre o próprio Rosa de Oliveira, é mordaz: "Apesar de amigável e acessível, tende às vezes a inclinar-se para uma inútil retórica socialista".

Nestes telegramas não se estranha que tantos e variados assuntos da política portuguesa e europeia sejam referenciados. Os encontros onde tais assuntos são conversados fazem parte da rotina diplomática. O que surpreende é a sua regularidade e intensidade. Praticamente todos os meses, sempre antes das reuniões do antigo Conselho de Assuntos Gerais e Relações Externas (CAGRE) e, muitas vezes, das reuniões informais dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, há um encontro... e um relatório para Washington sobre as opiniões portuguesas e as posições europeias.

"Fora do quadro da União, falamos com vários países amigos, a seu pedido, mas os americanos praticamente institucionalizaram estes encontros e aparecem sempre. Os outros só de vez em quando". comentou ao Expresso fonte diplomática portuguesa. Os americanos não brincam em serviço.

Porque Portugal não reconhece o Kosovo?

Portugal tardou a reconhecer o Kosovo - em outubro de 2008, oito meses após a sua declaração unilateral de independência - por uma tripla conjunção: porque Cavaco Silva punha reticências; porque o Governo temia que "os partidos à esquerda e à direita se unissem contra o PS e o PSD" (PC, BE e CDS eram contra); e para preservar o entendimento com a Sérvia e evitar que esta cortasse relações com Portugal. Quanto ao ministro Luís Amado, queria, primeiro, evitar a declaração unilateral, depois conseguir o consenso na EU e, finalmente, reconhecer o Kosovo logo "na primeira leva". É assim que o embaixador Thomas Stephenson vai comentando, em sucessivos telegramas, o "incompreensível" atraso de Portugal no reconhecimento. Só em julho o diplomata obtém a garantia de que o processo é "uma questão política, mais do que legal", uma afirmação que lhe é feita pelo então diretor de política externa, Nuno Brito. O tema é objeto de uma atenção obsessiva, ao ponto de o embaixador questionar o próprio Presidente sobre o assunto até admitir, ironicamente no próprio dia do reconhecimento (7/10), que "só acreditará quando o vir".

fonte: Expresso

Japão: ONU diz que radiação libertada é inofensiva



A baixa intensidade da radiação libertada nas centrais nucleares japonesas e as medidas de prevenção tomadas pelas autoridades permitem afastar, de momento, qualquer efeito na saúde humana, afirmou hoje o comité científico da ONU sobre o assunto.

"De momento, do ponto de vista da saúde pública, não estamos preocupados", assegurou à agência noticiosa espanhola EFE Malcolm Crick, do secretariado do Comité Científico da ONU sobre os Efeitos da Radiação Atómica (UNSCEAR) em Viena. De acordo com este especialista, a informação de que se dispõe até agora indica que "todas as emissões (radioactivas) que ocorreram foram de um nível muito baixo".

Assinalou que uma pessoa teria que estar 12 a 15 horas na zona afectada, no momento de maior emissão, para receber a radiação equivalente a um exame radiológico do tipo de uma TAC (tomografia axial computadorizada). "São níveis acima do normal, mas que em nenhum caso representam uma ameaça para a vida", explicou.

"Não prevemos qualquer impacto na saúde humana", disse Crick, embora reconhecendo que "a situação ainda é muito grave" e que é preciso seguir o caso cuidadosamente até que a situação nas centrais volte a estar sob controlo.

No sábado e hoje ocorreram duas explosões de hidrogénio na central Fukushima Um (nordeste), no Japão, onde sexta-feira se registou um forte sismo seguido de um tsunami.

fonte: DN

domingo, 13 de março de 2011

A crise está a chegar às forças de segurança



A crise que começou por ser económica, em meados de 2008, transformou-se em crise financeira, no final de 2009 e durante o ano de 2010, realidade que em muitos países ainda se faz notar e muito, tal como na Grécia, na Irlanda, em Espanha e em Portugal, isto só para citar os países da UE. Enfim, este estado de crise tem vindo a fazer com que muitas empresas tenham de fechar as portas, lançando, desta forma, muitas pessoas no desemprego e levado muitas a terem de optar por deixar o país.

Para agravar ainda mais a situação, têm começado a surgir notícias de que as forças de segurança e de investigação portuguesas estão a enfrentar carências graves no aspeto financeiro, mais concretamente a nível da liquidez. Embora, o ministério que tutela as forças de segurança venha dizer que tal é falso, a verdade é que as notícias dão conta de que foram retido os descontos para a Caixa Geral de Aposentações, Segurança Social e IRS, a fim de poder ser efetuado o pagamento dos salários referentes ao mês de fevereiro.

GNR

A Guarda Nacional Republicana, que tem maior incidência nas áreas rurais e urbanas com menor densidade populacional, tinha várias valências. Portanto, a GNR tinha funções de policiamento e de investigação; a Guarda Fiscal controlava as fronteiras terrestres e marítimas; e a Brigada de Trânsito tinha a responsabilidade de controlar o trânsito fora das localidades; isto para citar apenas as mais importantes. Só que com a reestruturação desta força de segurança foram aglutinados todos os comandos num só. Ora se podemos considerar esta uma boa medida no que diz respeito à gestão, pois ficaria tudo sujeito a um só comando operacional, também tem o reverso da medalha, ou seja, se, por um lado, se verificou uma poupança nos gastos operacionais, por outro lado, diminuíram as receitas.

Existem cerca de 24 mil efetivos nesta força e muitos são os comentários sobre a situação financeira dos militares. Um oficial que não quis se identificar afirmou que “a crise que era há muito anunciada está a fazer-se sentir agora”. E, segundo a mesma fonte, a situação que se vive fica a dever-se e muito à reestruturação efetuada nesta força policial. Por exemplo, só o envio de 15 homens da GNR para o Afeganistão tem um custo de 1,5 milhões de euros para o erário público, mas para fazer face à crise de liquidez financeira nesta força têm de ser tomadas algumas medidas para a contenção financeira. Por exemplo, o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), que conta com 770 efetivos, só pode fazer cerca de 100 quilómetros, sendo preciso poupar mais nesta unidade porque cada elemento ganha de subsídio 300€; já a Unidade de Controlo Costeiro (UCC) não tem condições para realizar o seu trabalho, por causa da falta de embarcações.


Geração à Rasca cria novo espaço de debate no Facebook



O protesto que reuniu cerca de 300 mil pessoas em todo o país tem desde o início da tarde no Facebook um novo espaço de debate - "Fórum das Gerações - 12/3 e o Futuro" - ao qual já aderiram milhares de pessoas.

Depois da manifestação que levou para as ruas milhares de portugueses, a organização do protesto encerrou oficialmente o evento no Facebook às 15.30 e criou uma nova página permanente para debate de soluções para o país. Em pouco tempo, este novo espaço recebeu já centenas de comentários.

Em declarações à Lusa, Paula Gil, da organização do protesto, explicou que o fórum pretende reunir as pessoas que participaram activamente, contribuindo assim "para uma democracia mais participativa". O objectivo do protesto de sábado, explicou, era esse mesmo, levar as pessoas a contribuir de uma forma positiva e ativa para a criação de soluções.

Paralelamente, adiantou Paula Gil, a organização apela a todos os que não entregaram durante a manifestação do dia 12 a folha A4 com uma solução ou um conjunto de soluções para a resolução dos problemas do país, que o façam agora para o email geracaoarasca@gmail.com. "Ficamos a espera que nos enviem soluções que considerem positivas", disse.

fonte: DN

Ministros discutem proibição de cultivo de transgénicos



Os ministros do Ambiente da União Europeia vão discutir, segunda-feira, em Bruxelas, uma proposta de limite ou proibição do cultivo de organismos geneticamente modificados (OGM), que não recolhe a unanimidade entre os Estados-membros.

Em causa está uma proposta da Comissão Europeia para reformar o regime de autorização de produtos transgénicos, que dá uma maior liberdade aos Estados-membros para decidirem uma eventual proibição de cultivo de OGM no seu território.

A medida não se afigura, no entanto, consensual, merecendo a oposição de países como Espanha - o país europeu com maior superfície de cultivo de transgénicos -, França e Alemanha, que constituem uma "minoria de bloqueio" suficiente para inviabilizar a aprovação da proposta de Bruxelas.

Nesta reunião, na qual participará a ministra portuguesa Dulce Pássaro, os 27 vão ainda procurar alcançar um acordo relativamente à proposta de revisão da lei comunitária sobre resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos, em negociação já desde 2009.

fonte: DN

Veja aqui os telegramas publicados por The Guardian

Veja aqui os telegramas publicados por The Guardian
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