Segundo relatórios da Amnistia Internacional a Coreia do Norte detém cerca de 200 mil prisioneiros políticos espalhados por vários campos de trabalho no país, que são alvos de tortura e subnutrição generalizada.
A organização não governamental pelos direitos humanos revelou esta quarta-feira que vários campos de trabalho foram identificados por via de imagens de satélite, avança o britânico The Guardian.
As condições impostas nos campos de trabalho incluem a tortura e a subnutrição, esta última cada vez mais notória desde a crise alimentar que assolou a Coreia do Norte a meia da década de 90.
Os mais de 200 mil presos políticos foram detidos por alegadamente terem cometido crimes contra o regime que vão desde as críticas às políticas do governo, cruzar a fronteira sem autorização ou pela por simples crimes de culpa por associação familiar a um criminoso.
Independentemente do cariz do crime cometido, raros são os prisioneiros que logram escapar das instalações dos campos de trabalho, conta Jeong Kyoungil, uma das únicas três pessoas que, segundo a Amnistia Internacional, já lograram fugir.
Detido entre 2000 e 2003, o norte-coreano adianta que «é frequente ver diariamente pessoas a morrerem», confessando que «ao contrário de uma sociedade normal», a morte era 'motivo de satisfação' pois «quem enterrasse os mortos tinha direito a mais uma taça de comida».
A porção de alimentos diária, conta, consistia em 600 gramas de milho repartidas por três refeições.
Jeong Kyoungil revelou igualmente que vários prisioneiros eram obrigados a passar semanas em celas que eram «pequenas demais para se estar em pé ou deitado».
fonte: Sol
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