Cargas policiais contra um pequeno grupo de manifestantes que apedrejou as janelas de uma dependência bancária em Barcelona foram o incidente mais grave registado até ao momento na jornada de protesto estudantil de hoje em Espanha.
Os agentes policiais acabaram por deter um número ainda não conhecido de pessoas, depois de alguns contentores e pelo menos um carro terem sido incendiados.
A ação dos Mossos d'Esquadra (polícia regional) ocorreu ao início da tarde quando um grupo de manifestantes atacou com pedras uma dependência bancária próxima do edifício da Bolsa de Barcelona.
Os agentes tinham sido também atingidos com ovos, balões com tinta, garrafas e outros objetos, acabando por carregar contra os manifestantes que foram obrigados a dispersar para uma rua próxima.
Pouco tempo depois, já nessa zona, os agentes policiais voltaram a realizar cargas, disparando tiros para o ar com balas de borracha para dispersar os manifestantes.
A polícia mantém-se na zona no intuito de evitar mais incidentes que ocorreram já quando tinha sido dispersado o grosso da manifestação estudantil, que reuniu 25 mil pessoas.
Centenas de alunos ocuparam entretanto o edifício da reitoria da Universidade de Barcelona, uma das universidades públicas que hoje estão afetadas pelas greves e protestos dos estudantes, que se fazem sentir também em Valência e Madrid.
Num outro incidente em Barcelona alguns alunos entraram no edifício da estação de rádio Cadena SER tendo lido um comunicado reivindicativo aos microfones do canal ONA FM.
Alunos e funcionários da Universidade Autónoma já tinham, ao início da manhã, realizado cortes em autoestradas e vias férreas.
Em Madrid várias manifestações com centenas de estudantes convergiram em frente ao edifício do Ministério da Educação, Cultura e Desporto, num protesto que seguiu depois para a Puerta del Sol, praça do centro de Madrid, e que decorreu sem incidentes.
Valência registou uma das maiores manifestações do país, com o protesto a ser tanto contra os cortes no setor educativo como pelo que dizem ser a excessiva força policial usada na semana passada para responder a outros protestos.
fonte: DN
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