A venda de barras de ouro aos balcões dos bancos beneficia da valorização do metal precioso.
Actualmente, a Caixa Geral de Depósitos só comercializa libras de ouro, porque os prémios do cartão Benfica, atribuídos em barras de ouro, esgotaram as reservas do banco público. BCP, BES e BPI são as outras instituições que também comercializam o metal.
Os portugueses estão cada vez mais adeptos do investimento em barras de ouro. A tendência de valorização e os sucessivos recordes do metal precioso, bem como a actual conjuntura de crise, estão a aumentar a corrida aos balcões dos bancos que comercializam ouro. O BCP revela que contabilizou mais de 3500 pedidos de barras de ouro, o equivalente a um volume superior 244 quilogramas até Junho deste ano. A compra de barras até 250 gramas aumentou, enquanto a procura por barras de maior dimensão recuou.
A procura pelo ouro, metais preciosos, numismática e medalhística nos balcões das instituições justifica-se com a actual turbulência nos mercados. As crises do subprime, financeira e das dívidas soberanas obrigaram os investidores e aforradores a procurar activos de refúgio e a evitar investimentos de maior risco. Ontem o preço da onça em Nova Iorque superou os 1588 dólares.
Em declarações ao i, fonte oficial da Caixa revela que o banco não vende barras de ouro aos balcões desde que as reservas esgotaram, com a elevada adesão ao cartão do Benfica, lançado em 2008. O cartão promoveu já três edições do concurso "lugar de ouro" e só durante a época desportiva de 2010/20111 foram distribuídos 150 mil euros em barras de ouro. Nesta iniciativa eram sorteada barras de ouro a um lugar aleatório do Estádio da Luz.
Em relação às libras, a mesma fonte diz que o banco "não sentiu aumento de venda este ano comparado com período homólogo do ano passado". O banco estatal vende também rupias, moedas provenientes da Índia, com um peso aproximado de 12 gramas e sujeitas a demora na entrega.
Fonte oficial do BCP adianta que são sobretudo "os clientes tradicionais que ainda procuram a libra em ouro". A actual conjuntura está a penalizar a procura por barras de 500 gramas e 1000 gramas. Até ao dia 21 de Junho, o BCP registava 97 pedidos de barras de um quilograma, o que representa uma quebra de 66% face às 287 encomendas registadas no mesmo período do ano passado. A escolha dos portugueses está a recair nas barras de menor dimensão, com preços mais acessíveis. Por exemplo, as encomendas de 10 gramas mais que duplicaram, de 793 em 2010 para 1643 este ano. "Os produtos são indexados ao valor do ouro nos mercados internacionais e a entrega, salvo raras excepções, é imediata ou até dois dias úteis", diz o BCP.
O ouro tornou-se um investimento, mas também uma oportunidade de negócio para as redes de franchising de compra e venda de ouro. As agências multiplicam-se pelo país.
fonte: Jornal i
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