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A Igreja Católica continua a ter “dificuldade em aprender” a linguagem da internet e continua a viver, quando muito, na idade da web 1.0. A crítica é do arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais, esta tarde em Fátima.
Falando a jornalistas nas jornadas de comunicação social da Igreja Católica, o arcebispo Celli referiu que, das mais de 8400 dioceses católicas do mundo, “só metade tem sítio na internet”. E a maior parte, diz, “são sítios velhos”, que servem apenas para anunciar as nomeações de padres ou para reproduzir as homilias do bispo. “É uma web 1.0, numa altura em que o mundo já pensa mover-se na web 3.0”, comentou o arcebispo.
Em Portugal, o panorama não é muito melhor. O padre António Rego, director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja (SNCSI) referiu que, dos mais de 500 títulos de imprensa católica regional, “apenas 42 por cento está online”. E a quase totalidade limita-se a copiar o que é publicado nas edições em papel.
“É isto que interessa às pessoas”, perguntava o arcebispo Celli a propósito dos conteúdos que predominam nos sítios de internet das instituições ligadas à Igreja. E ironizava: “O bispo mais activo e sensível publica no seu sítio diocesano as suas homilias. Eu pergunto, sorrindo, quem as vai ler? Um jovem de hoje não vai ler um texto de 15 páginas.”
Nas jornadas, que esta sexta-feira terminam em Fátima, sobre a era digital como uma revolução cultural e social, o padre Júlio Grangeia, pároco de três paróquias em Aveiro e pioneiro na utilização da internet, insistiu na necessidade de a Igreja estar presente na rede.
fonte: Público
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