Foi com a abertura de garrafas de champanhe e gritos de "liberdade, liberdade" e "Viva Itália" que milhares de italianos festejaram a demissão de Sílvio Berlusconi na praça do Quirinal, sede da presidência da República, quando foi anunciada a saída do poder de Berlusconi.
Os milhares de italianos que juntaram na noite de ontem frente ao Parlamento, à sede do governo e à presidência esperando o anúncio da demissão do primeiro-ministro souberam do facto pelas 21.45 locais (menos uma hora em Lisboa).
Nos minutos que se seguiram, as ruas do centro da capital italiana foram invadidas por milhares de pessoas e automóveis.
Uma multidão que ali estava na praça do Quirinal há algumas horas entoou o hino de Itália e gritaram palavras de agradecimento ao presidente, Giorgio Napolitano, pelo seu papel na transição política.
"É como se a Itália tivesse ganho um Mundial" de futebol, comentou à agência EFE Antonello, um dos manifestantes concentrados em frente do palácio Grazioli, residência oficial do primeiro-ministro, onde peões e condutores festejavam agitando bandeiras de Itália e tocado insistentemente buzinas.
Entre os manifestantes encontrava-se o líder do Povo Violeta, um movimento de oposição a Berlusconi lançado nas redes sociais, Gianfranco Mascia: "Finalmente! É como se fosse o nosso bunga-bunga", disse à agência France Presse, evocando ironicamente as festas de Berlusconi com jovens mulheres.
As manifestações de alegria misturaram-se nalguns momentos com insultos ao ex-primeiro-ministro, com manifestantes a gritarem "ladrão" e "palhaço".
Segundo a EFE, entre as centenas de pessoas nas ruas via-se um comboio de manifestantes que dançava a conga para celebrar a notícia.
Em Milão centenas de pessoas juntaram-se na praça do Duomo, em frente da catedral e aplaudiram a notícia enquanto abriam garrafas de champanhe e entoavam o hino italiano. Tal como em Roma, eram visíveis muitas bandeiras de Itália.
fonte: DN
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