Manoel de Oliveira está de parabéns
Realizador português celebra hoje o seu 102.º aniversário. Amanhã estará em Santa Maria da Feira a convite do Festival de Cinema Luso-Brasileiro, que o homenageia.
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Manoel de Oliveira: «Foi o viver que me ajudou a fazer cinema e não o contrário»
O realizador português Manoel de Oliveira celebra hoje no Porto 102 anos, em família e a descansar, porque o relógio não pára e no domingo estará em Santa Maria da Feira a propósito de... cinema.
Fonte da família explicou à agência Lusa que Manoel de Oliveira passará um dia "recatado", com um jantar em família e com filhos, netos e bisnetos a celebrarem a longevidade do mais velho realizador mundo ainda a trabalhar.
Homenagem no Festival de Cinema Luso-Brasileiro
No domingo, Manoel de Oliveira estará em Santa Maria da Feira a convite do Festival de Cinema Luso-Brasileiro, que o homenageia, para mostrar o mais recente filme que rodou, "O estranho caso de Angélica".
A longa-metragem, que recupera um argumento de Manoel de Oliveira com mais de cinquenta anos, ainda não tem estreia comercial nos cinemas, nada que deva perturbar muito o realizador que já só pensa nas próximas produções.
Projetos na 'manga'
Na quinta-feira esteve em Serralves, no Porto, onde foi exibida a curta-metragem "Painéis de São Vicente de Fora, visão poética" e no final o cineasta disse aos jornalistas que há vários projetos que têm que ser feitos antes "de passar desta para a outra".
Manoel de Oliveira não tem medo da morte, mas do sofrimento, e remete para os astros a energia e a sorte de ainda estar vivo e a trabalhar.
Já lá vão quase oitenta anos desde que Manoel de Oliveira, então com 23 anos, estreou a curta-metragem documental "Douro, faina fluvial", um fresco mudo, a preto e branco, sobre a relação do Porto com o rio Douro.
Esse filme foi feito com uma câmara de filmar oferecida pelo pai e com a ajuda do amigo e fotógrafo António Mendes.
A estreia desse filme aconteceu a 19 de setembro de 1931, no mesmo dia em que morreu Aurélio da Paz dos Reis, considerado o pai do cinema português.
"A própria vida não tem nada de original"
Agora, que Manoel de Oliveira tem 102 anos e que o cinema já é também em 3D, "Douro, faina fluvial" voltou pela primeira às salas comerciais restaurado e remasterizado a acompanhar a exibição de um dos mais conhecidos filmes dele, "Aniki Bobó" (1942).
Aos 102 anos, o passado teima em estar presente quando se fala de Manoel de Oliveira, mas o realizador defende que "a própria vida não tem nada de original".
"Foi o viver que me ajudou a fazer cinema e não o contrário", resumiu.
fonte: Expresso
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