segunda-feira, 21 de março de 2011

“Apocalipse” no Japão



O Japão foi sacudido por sismo de magnitude 8,9 e varrido por tsunami, no dia 11 de março, que o devastou. As autoridades nipónicas lutam, agora, sobretudo para tentar conter a ameaça nuclear que representa a central nuclear de Fukushima 1, a 250 quilómetros a nordeste de Tóquio, seriamente danificada. Dos seis reatores da central, quatro registam problemas graves. As explosões fizeram disparar os níveis de radioatividade que – afirmaram as autoridades – “poderão ter impacto na saúde humana” dentro do perímetro definido de 30 quilómetros em torno da central.

A Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA), a quem o Japão já pediu ajuda para lidar com esta crise nuclear, como mandam os procedimentos internacionais, aponta os níveis de radiação em mais de 400 milisieverts, quatro vezes mais do que o necessário para provocar cancro e 400 vezes maior que o limite legal.

O medo de uma nuvem radioativa acabou por ser mitigado com o anúncio da redução dos níveis radioativos. A chegada do vento, que dispersou a radiação, empurrando-a para o Oceano Pacífico, não implica, no entanto, o fim dos receios. Por isso, mantém-se a zona de exclusão de 30 quilómetros à volta da central para pessoas e aviões.

A população num raio entre os 20 (zona interdita) e os 30 quilómetros da central, foi aconselhada pelas autoridades a não sair de casa, não ligar sistemas de ventilação que puxem ar do exterior nem sequer estenderem roupa na rua.


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Veja aqui os telegramas publicados por The Guardian

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