A Amnistia Internacional (AI) instou hoje Washington a investigar o que sabiam as tropas norte-americanas no Iraque sobre os casos de tortura cometidos, pelas autoridades iraquianas, contra prisioneiros naquele país.
O apelo da organização internacional de defesa de direitos humanos acontece após o portal WikiLeaks ter divulgado, na sexta feira, cerca de 400 mil documentos secretos norte-americanos sobre a guerra no Iraque, que revelam que as forças aliadas fecharam os olhos à prática generalizada de tortura no Iraque.
«Não temos tido a oportunidade de estudar detalhadamente os documentos divulgados, mas estes reforçam a nossa preocupação de que as autoridades norte-americanas violaram claramente o direito internacional ao entregar milhares de detidos às forças de segurança iraquianas, que, como se sabe, continuam a torturar e maltratar os seus prisioneiros», refere Malcolm Smart, director para o Médio Oriente da AI, em comunicado.
O número de mortes de iraquianos deverá ser superior ao que já foi reconhecido pelos Estados Unidos anteriormente, chegando aos 400 mil civis, sugerem documentos secretos publicados no site WikiLeaks.
Os relatos de mortes entre civis, provocadas pela guerra no Iraque incluem cerca de 15 mil vítimas mortais que eram desconhecidas ou não declaradas até ao momento, mas que foram contadas por um grupo britânico independente de pesquisa, o Iraq Body Count.
O total de mortes de civis, com esta adição, elevaria de 107.369 para mais de 122 mil.
fonte: Sol
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