As contas da visita de Bento XVI ainda não foram fechadas pelas autoridades religiosas portuguesas, mas há pelo menos um dado que consta do portal dos contratos públicos, e hoje revela do pelo Público. A Câmara de Lisboa terá gasto na ocasião 228 mil euros.
Aquando da visita do Papa a Portugal, o cardeal patriarca de Lisboa citara um texto bíblico para atestar que não pediria dinheiros da autarquia para o altar: «A César o que é de César, a Deus o que é de Deus».
Contudo, o Público de hoje revela dados que constam do portal de contratos de entidades do Estado, onde constam 68 mil euros pagos a uma empresa especializada em multimédia e audiovisuais, mais 82.460 euros para os responsáveis pelo altar, 35 mil euros para o aluguer de uma tenda para a missa, 23.700 euros com a própria missa e o mesmo valor para «serviços de meios técnicos audiovisuais».
A estes valores juntam-se os dispendidos com o fornecimento de refeições e com a montagem e desmontagem de estruturas, bem como o trabalho extraordinário de funcionários camarários, avaliado em 59 mil euros.
Em declarações ao jornal diário, a autarquia admite ter assumido «os custos relativamente à montagem de dois ecrãs».
Confrontado com o envolvimento de verbas públicas na visita de Bento XVI a Portugal, o padre Mário Rui Pedras, da comissão organizadora, (que em Abril acreditava que as cerimónias seriam pagas com dinheiro de ofertas de famílias e empresas) diz que o relatório ainda «não foi feito».
fonte: Sol
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