Lula assume comando da campanha de Dilma na 2.ª volta
O ainda Presidente brasileiro até cancelou todos os compromissos internacionais para ajudar a candidata do Partido dos Trabalhadores
O Presidente Lula da Silva irá assumir pessoalmente o comando da campanha da sua candidata à Presidência, Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), notícia hoje o diário O Globo.
A segunda volta das eleições, marcada para o próximo dia 31 de Outubro, terá prioridade na agenda do Presidente neste mês.
A estratégia será conquistar os cerca de 20 milhões de votos da candidata do Partido Verde (PV), Marina Silva.
"A prioridade de Lula vai ser exclusivamente a campanha de Dilma neste mês. No primeiro turno, Lula dividiu esforços com várias campanhas estaduais e também com a agenda de Governo", noticia o diário brasileiro.
A agenda internacional de Lula da Silva também será cancelada neste mês de Outubro.
O perfil "agressivo" do Presidente "Lulinha paz e amor" teria assustado o eleitor, segundo o referido jornal, que destacou o comportamento de combate directo com a oposição e também com a imprensa.
Nas últimas semanas de campanha, Lula "empenhou-se num acerto de contas com a oposição". Segundo O Globo, Lula estava "embriagado com o próprio protagonismo, radicalizou na recta final e acabou por ofuscar sua candidata com ofensivas, como a promessa de 'extirpar' os Democratas (DEM) do mapa político partidário".
O "confronto aberto" com a imprensa também foi uma ofensa ao criticar os veículos de comunicação e afirmar que não precisava de formadores de opinião. "Nós não precisamos de formadores de opinião. Nós somos a opinião pública", afirmou durante um comício, em Setembro, no estado de São Paulo.
O Presidente passou a campanha eleitoral a "exibir certezas" e "polido por uma custosa estrutura de propaganda voltada para o culto à personalidade".
Lula da Silva tornou-se uma figura "singular", pois virou o primeiro Presidente que, ao sair do Palácio do Planalto, indica o seu sucessor com "um projeto de poder", analisa a imprensa.
"Lula construiu, conduziu e viabilizou a candidatura de Dilma, mas acabou atrapalhando-a na recta final", discute o diário.
O diário de maior circulação no Rio de Janeiro contabilizou o número de comícios realizados por Lula. Entre Agosto e Setembro deste ano, foram 74, 20 a mais que na sua campanha a reeleição em 2006.
As sondagens teriam subestimado a votação da verde Marina Silva, dado que os institutos não previram o desempenho da candidata do PV, e tão pouco uma queda de Dilma Rousseff, que esperava vencer logo a primeira volta.
Marina encerrou a campanha presidencial com 19,4 por cento dos votos válidos, e Dilma contabilizou 46,9 por cento do total de votos.
Este resultado ficou "muito abaixo" das projecções do Governo e do PT, que já tinham planeado a "festa da vitória" na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
fonte: DN
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