EUA alertam para perigo terrorista em países da UE
Advertência feita aos cidadãos americanos dura até Janeiro de 2011.
Os EUA lançaram ontem um alerta aos seus cidadãos que viajem até à Europa para os riscos de potenciais atentados no Velho Continente - um alerta que será válido até "31 de Janeiro de 2011". Horas depois, era a vez do Governo britânico tornar público um alerta idêntico mas referenciando especificamente a França e a Alemanha. Al-Qaeda, talibãs e grupos europeus são os suspeitos de estarem a preparar ataques terroristas.
"Os terroristas poderão usar uma variedade de métodos e armas, atacando interesses públicos e privados", afirma o comunicado do Departamento de Estado, que lembra como no passado os terroristas "atacaram redes de metro e comboio, bem como transportes aéreos e serviços marítimos". No seu documento, a diplomacia americana refere que "os governos europeus já tomaram medidas de prevenção contra eventuais ataques" e adianta que alguns desses governos já referiram publicamente a existência de um "risco mais elevado" de terrorismo.
Theresa May, ministra do Interior britânica, não escamoteou o perigo; antes sublinhou que "tal como temos repetido sem cessar, enfrentamos uma ameaça terrorista grave e real. O nosso nível de alerta continua a ser o de 'grave', ou seja, um atentado é muito provável". É por isso, garantiu a ministra, que Londres mantém uma estreita colaboração com os seus parceiros internacionais "na luta contra o terrorismo e o alerta americano está de acordo com a nossa apreciação da situação".
Recorde-se que o nível de alerta no Reino Unido mantém-se o mesmo desde Janeiro - "grave", ou seja, o 4.º dos cinco graus de estado de alerta que foram tornados públicos em 2006, um ano após os atentados de 7 de Julho de 2005 em Londres que fizeram 52 vítimas mortais.
Reagindo ao alerta dos EUA, Paris considerou que ele está de acordo com as recomendações feitas aos franceses. "A ameaça terrorista em França continua elevada, o nível de alerta continua a ser o mesmo, ou seja, o vermelho", disse Bernard Valero, porta-voz dos Negócios Estrangeiros francês. Em Setembro, Paris foi objecto de vários alertas de bomba , por duas vezes na Torre Eiffel.
O alerta dos EUA, que os governos europeus subscrevem em absoluto, surge menos de uma semana após ter sido revelado que os serviços secretos ocidentais tinham abortado um plano para realizar atentados na Alemanha, França e Reino Unido. O plano, segundo fontes dos serviços secretos paquistaneses, fora inspirado nos atentados perpetrados em 2008 na cidade indiana de Bombaim: ataques simultâneos em locais diferentes por comandos suicidas.
O plano, em cuja elaboração terão participado oito alemães e dois irmãos britânicos, foi neutralizado quando um avião americano não comandado atacou uma base de activistas no Paquistão e matou um dos britânicos, enquanto um dos alemães era preso e interrogado em Bagram (Afeganistão). O grupo tinha o apoio da Al-Qaeda e dos talibãs afegãos e paquistaneses.
fonte: DN
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