França em alerta para atentado "iminente"
Alerta para ataque suicida nos transportes parisienses veio dos argelinos.
O ministro do Interior francês confirmou ontem que a ameaça de um atentado terrorista no país é "real e a vigilância foi reforçada", enquanto fontes dos serviços de informações nacionais, que foram citadas pelos media, falam em "ameaça iminente de atentado" contra território francês.
Na origem do ataque estaria a Al-Qaeda no Magrebe Islâmico, grupo que levou ao cancelamento do rali Lisboa-Dacar em 2008. O tipo de atentado seria suicida e o alvo mais provável seriam os transportes públicos da zona de Paris.
"Nós mobilizámos todos os meios necessários para conseguir evitar um acto tão perigoso", garantiu Brice Hortefeux, indicando que o plano de segurança Vigipirate se mantém no nível vermelho. Este é o terceiro dos quatro níveis de alerta que esse sistema tem. O nível máximo tem a cor escarlate (um vermelho mais vivo). A França encontra-se em alerta vermelho desde os atentados de Londres em Julho de 2005.
Fonte do Ministério do Interior francês confirmou à AFP que as informações sobre um possível atentado vieram da Argélia - país de origem do Grupo Salafita para a Prédica e o Combate, que há três anos se transformou na Al-Qaeda do Magrebe Islâmico.
O Ministério Público de Paris abriu entretanto uma investigação a uma mulher que teria como objectivo fazer-se explodir na capital francesa. Fontes policiais citadas pela mesma agência indicaram que duas células terroristas adormecidas foram activadas depois da chegada de vários radicais islâmicos vindos da conturbada zona de fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão.
Além de ter tropas a participar no conflito afegão, a França é cada vez mais um alvo dos radicais, nomeadamente por operações contra os jihadistas da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico e também pela proibição do uso do véu integral em espaços públicos, que foi definitivamente aprovada em França no passado dia 14. A ameaça terá aumentado na quinta-feira, dois dias depois de ter havido um falso alerta de bomba que levou ao encerramento da Torre Eiffel.
Neste momento, cinco franceses, trabalhadores da Areva, empresa de exploração de urânio, encontram-se sequestrados, algures no Norte do Níger. Juntamente com eles foram também raptados um togolês e um malgaxe. O sequestro foi levado a cabo por homens armados na zona de Arlit, precisamente na quinta-feira. A Al-Qaeda no Magrebe Islâmica é a principal suspeita do ataque.
fonte: DN
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