BP distribui culpas pela maré negra no golfo do México
Petrolífera britânica divulga investigação de quatro meses que atribui derrame de petróleo a complexa série de erros de subempreiteiros
O grupo petrolífero britânico BP divulgou ontem um relatório onde distribui por vários subempreiteiros a culpa pela maior maré negra da história americana. Os custos do derrame, no Golfo do México, ascendem já a 8 mil milhões de dólares (mais de 6 mil milhões de euros) e em causa pode estar a verba das indemnizações pelos estragos.
O acidente com a plataforma Deepwater Horizon, a 20 de Abril, que matou 11 pessoas e feriu outras 17, provocou uma gigantesca fuga de petróleo no poço Macondo, a 1500 metros de profundidade, que a companhia britânica teve dificuldade em encerrar. Nos meses seguintes, foram derramados pelo menos 5 milhões de barris de petróleo.
O relatório da BP, da autoria dos seus peritos em segurança e de operações, atribui a responsabilidade do acidente a erros da tripulação da plataforma, que era operada pela empresa Transocena, mas também à má qualidade do cimento usado e a problemas na perfuração do poço, que estaria aliás mal concebido. Além da Transoceana, as culpas são atribuídas à Halliburton.
Segundo o inquérito conduzido pelo chefe da segurança da BP, Mark Bly, "a tragédia do poço Macondo não tem uma única causa. Houve uma série de erros complexos, implicando várias partes, e que conduziram à explosão e ao incêndio" da plataforma, pode ler--se no documento. A investigação, que levou quatro meses, "proporciona informação importante", sublinhou o novo responsável da BP, Tony Hayward.
A publicação deste relatório já teve consequências. A agência de notação Fitch reviu em alta a classificação do crédito da BP, de BBB para A, sugerindo as boas perspectivas que se colocam ao futuro da petrolífera.
Refira-se que devido a este acidente, a BP foi alvo de grandes críticas, incluindo da administração Obama, tendo reservado um montante de 32 mil milhões de dólares para compensar eventuais vítimas. Chegou a falar-se em riscos de falência. Mas as acções da BP estão a valorizar e os analistas esperam uma melhoria rápida da cotação. Em relação a Junho, o ponto mais baixo, já subiram 30%.
fonte: DN
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