Franceses na rua contra as políticas de Sarkozy
Mais de um milhão de pessoas desfilaram nas ruas de toda a França
Contam-se quatro greves gerais em França desde que Nicolas Sarkozy anunciou adiar a idade da reforma. Hoje, terça-feira, saíram à rua em protestos cerca de 1,12 milhões pessoas, diz o Ministério do Interior. Transportes foram os mais afectados pela paralisação.
A nova política das pensões prevê que a idade mínima para a reforma passe dos 60 para os 62 anos. A medida gerou uma onda de protestos entre a população, levando centenas de milhares de pessoas a manifestar-se em todo o país.
O Governo mantém, mesmo assim, a sua posição. Diz tratar-se de uma política “inevitável” para o futuro demográfico do país.
Hoje, a greve geral afectou, sobretudo, o sector dos transportes, com o cancelamento de centenas de voos. Cerca de 50% dos voos do Aeroporto Orly não ocorreram, devido à greve de controladores aéreos.
Os comboios que fazem ligações aos arredores de Paris funcionaram a 50%. Na capital, o metro circulou a 80% da sua capacidade.
Antes das oito horas, já as estradas da região estavam entupidas com filas intermináveis de veículos, devido à falta de transportes públicos.
Segundo dados governamentais, a adesão à greve no sector público – desde a saúde à educação – esteve sempre abaixo dos 30%. Por sua vez, os sindicatos falam em dois milhões em greve e em 190 manifestações distribuídas por várias cidades do país.
O dia escolhido para a paralisação não é aleatório: hoje foi retomado o debate parlamentar acerca da reforma das pensões.
Além de adiar a idade da reforma para os 62 anos, a nova política prevê que, para ter direito à reforma integral, os trabalhadores que não atingiram o tempo de contribuição exigido por lei terão que trabalhar até aos 67 anos e não até aos 65 actuais.
Segundo duas sondagens citadas pela BBC, 63% a 70% da população é contra a reforma. Sarkozy mantém-se firme. Mas o seu nível de popularidade vai caindo.
fonte: JN
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