Faziam tiro ao alvo aos afegãos
Militares americanos alvejaram a sangue-frio três civis, encenando a seguir a situação para sugerir terem sido eles o alvo.
Um grupo de soldados americanos de uma brigada motorizada colocada em Kandahar, no Sul do Afeganistão, foi acusado de ter morto três civis afegãos em práticas de tiro ao alvo nos primeiros meses do ano.
Cinco dos militares são acusados de homicídio, de coleccionarem partes do corpo humano e sete outros de cumplicidade e agressão a um outro soldado que denunciou o grupo por este consumir haxixe retirado aos mortos afegãos.
Todos os militares pertencem à companhia B da Brigada Stryker, que já regressou aos EUA. Esta esteve envolvida em vários combates na província de Kandahar, das mais afectadas pela guerrilha talibã, e sofreu importantes baixas.
Os militares acusados de homicídio são o sargento Calvin Gibbs e os soldados Andrew Holmes, Jeremy Morlock, Michael Wagnon e Adam Winfield. Enfrentam a pena de morte ou a prisão perpétua, se forem condenados. Todos negam as acusações.
Os restantes sete militares estão a ser alvo de investigação para se apurar se existe matéria suficiente para serem levados a tribunal marcial.
Gibbs, Holmes, Morlock, Wagnon e Winfield disparavam sobre civis afegãos quando se encontravam em patrulha ou de guarda, encenando a seguir a situação, para sugerir terem sido eles os atacados.
O jornal do Exército americano, The Army Times, escreve que em pelo menos dois casos o sargento Gibbs cortou um dos dedos das vítimas para guardar como troféu. A Al Jazeera refere que foram ainda encontrados "ossos e um dente tirados dos cadáveres". É o caso mais grave de violência de militares americanos sobre civis afegãos desde 2001.
fonte: DN
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