Americanos e russos trocam espiões
Estará em curso a maior troca de espiões entre Washington e Moscovo desde o fim da Guerra Fria. Republicanos acusam Barack Obama de passividade e ameaçam rejeitar o novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas acordado entre russos e americanos.
Onze alegados espiões russos irão comparecer, hoje à tarde, num tribunal de Nova Iorque, prevendo-se que, até ao início da noite, possam ser deportados para a Rússia, de acordo com um dos advogados de defesa, citado esta manhã pela televisão CBS.
O grupo, que operava desde meados da década de 90, foi desmantelado há cerca de uma semana e incluía quatro casais.
Em troca, 11 espiões americanos farão o percurso inverso. Um deles, Igor Sutyagin, que cumpria uma pena de 14 anos de prisão, já terá dito à família que, brevemente, chegará a Viena, seguindo de imediato para Londres.
Contactado pelo Expresso, o Departamento de Estado americano não comenta a suposta operação. De acordo com vários advogados dos acusados, até ao final de quinta-feira (madrugada de sexta-feira em Lisboa), será encontrada uma solução para o caso, lê-se esta manhã nos diários "New York Post" e no "The New York Times".
Washington e Moscovo tentam, assim, reparar os danos provocados por este episódio, apenas um mês depois do Presidente russo, Dmitri Medvedev, ter visitado os EUA.
A oposição republicana acusa o Presidente Barack Obama de passividade e exige represálias. Mitt Romney, o ex-governador do estado de Massachusetts e provável candidato à presidência em 2012, apelou ao Senado para que rejeite o novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas, acordado no mês passado pelos chefes de Estado americano e russo.
fonte: Expresso
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