MNE russo confirma troca de espiões “no contexto da melhoria de relações” com os EUA
A nota do MNE russo não precisa se a troca de espiões já foi concretizada ou não
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo confirmou hoje oficialmente que Moscovo perdoou quatro presos condenados por espionagem a favor do Ocidente e que os mesmos vão ser enviados para os Estados Unidos, em troca dos chamados dez “ilegais” detidos em finais de Junho.
Washington e Moscovo decidiram “fazer regressar à Rússia os dez cidadãos acusados nos Estados Unidos e, em simultâneo, transferir para os Estados Unidos quatro pessoas anteriormente condenadas na Rússia”, e que, nos últimos dias, viram as suas penas perdoadas pelo Presidente Dmitri Medvedev – revela um comunicado divulgado esta manhã pela diplomacia russa.
Esta declaração – que não especifica se a troca de espiões já foi concretizada ou não – sublinha que o acordo foi obtido “no contexto de melhoria das relações russo-americanas”, uma aposta de política externa de Medvedev e do Presidente norte-americano, Barack Obama.
A imprensa russa dava conta que é esperada hoje mesmo a chegada a Moscovo dos dez “ilegais” acusados, e ontem declarados culpados num tribunal nova-iorquino, de “conspiração para agir como agente estrangeiro não registado”.
A cadeia televisiva russa Previ Kanal mostrava esta manhã imagens dos dez supostos espiões russos a embarcarem na noite de ontem num avião da Vision Airlines no aeroporto de LaGuardia, em Nova Iorque. Este mesmo avião aterrou já esta manhã em Viena às 9h15 locais (10h15 em Portugal), ao lado de um outro com a bandeira da Federação Russa, era testemunhado pela agência noticiosa britânica Reuters.
Naquela que constitui a maior troca de agentes secretos entre os dois países desde a guerra fria, os Estados Unidos vão receber em troca – ainda segundo os media russos – o perito nuclear Igor Stuiagin, os antigos agentes dos serviços secretos russos Alexandre Sipatchev e Alexandre Zaporojski e o ex-coronel da secreta militar (GRU) Serguei Skripal – todos condenados na Rússia por espiarem para os Estados Unidos e Reino Unido.
fonte: Público
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