sábado, 10 de julho de 2010

G1 lista dez casos de espionagem


Passaportes falsificados

A morte do líder do Hamas, Mahmud al-Mabhuh, no início do ano, provocou tensão entre Dubai e Israel. Um grupo de dez homens e uma mulher teria assassinado o líder do grupo islâmico em um quarto de hotel da capital dos Emirados Árabes. A polícia local afirmou que eles teriam usado passaportes falsos e sugeriram a participação do Mossad, o serviço secreto israelense, no crime. A Inglaterra ordenou a abertura de um inquérito sobre os passaportes usados por seis dos supostos assassinos, que traziam os nomes de cidadãos israelenses de origem britânica, mas cujas fotos não eram deles.

Longas pernas e cabelos louros

No início de 2009, a Comissão Europeia divulgou um comunicado alertando funcionários do setor de recursos humanos para o risco cada vez maior de espiões infiltrados na instituição, braço executivo da União Europeia. A porta-voz, Valerie Rampi, advertiu para uma das supostas espiãs, descrita como “uma trainee bonita com longas pernas e cabelos louros".

Milionário e ex-KGB

Há quase um ano, o milionário russo Alexander Lebedev, proprietário do jornal britânico "Evening Standard" e ex-agente da KGB, antigo serviço secreto soviético, revelou que faz um tratamento por envenenamento com mercúrio. Em entrevista publicada pelo "The Daily Telegraph", Lebedev disse que exames apontaram que os níveis de mercúrio em seu sangue estão 14 vezes acima do normal, o que coloca em risco sua saúde."Mas se acordasse amanhã de manhã e não lembrasse de (Vladimir) Putin (ex-presidente e atual primeiro-ministro russo), estaria bem", disse Lebedev à agência de notícias EFE.

Fogo amigo

Em 2008, o então presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko, disse em entrevista acreditar que David Zhvania, deputado da própria legenda, esteve envolvido numa polêmica suspeita de envenenamento do qual foi vítima em 2004. Zhvania, que havia sido um dos organizadores do jantar após o qual Yushchenko ficou doente, havia declarado à "BBC" que Yushchenko nunca foi envenenado e que os resultados das análises divulgadas tinham sido falsificados.

Prostitutas espiãs

Um ex-oficial da Stasi, a polícia secreta da antiga Alemanha Oriental, disse em entrevista a um canal alemão, em 2008, que o serviço usava prostitutas para extrair segredos de turistas ocidentais e membros do governo socialista. Segundo o ex-oficial, apesar de a atividade ser punida com prisão na Alemanha socialista, as jovens recrutadas pela Stasi atuavam principalmente durante as duas feiras internacionais na cidade de Leipzig.

Espiã sexual

Won Jeong-hwa, uma norte-coreana de 34 anos, admitiu em 2008 que seduzia oficiais do Exército sul-coreano em troca de informações secretas sobre instalações militares estratégicas. Condenada a cinco anos de prisão, a espiã havia chegado ao país sete anos antes fingindo ser uma desertora e conseguiu um emprego com o serviço de inteligência sul-coreano para dar palestras anticomunistas em estabelecimentos militares.

Tentativa de envenenamento?

A suspeita foi levantada pela ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Laura Bush, no seu livro de memória, “Spoken From the Heart”: em 2007, ela e seu marido, George W. Bush, e membros da comitiva teriam sofrido uma tentativa de envenenamento durante um encontro do G8 na cidade de Heiligendamm, na Alemanha. O Serviço Secreto, afirma a ex-primeira dama dos EUA, investigou a possibilidade, mas médicos concluíram apenas que contraíram um vírus. “Nunca ficamos sabendo se outras delegações também ficaram doentes, ou se a nossa, misteriosamente, foi a única”, conclui.

Valerie Plame

Em um dos maiores escândalos do governo Bush, o nome da agente secreta da CIA Valerie Plame foi vazado para a imprensa, supostamente em uma vingança contra o marido dela, o ex-diplomata Joe Wilson, que tinha negado publicamente a justificativa de armas de destruição em massa usada pelo governo para ir à Guerra do Iraque. O vazamento da identidade de Plame, que é crime nos EUA, deu origem a uma longa investigação que resultou na condenação por perjúrio de Lewis Libby, chefe de gabinete do vice-presidente Dick Cheney.

Sushi radioativo

Quantidades significativas de polônio radioativo foram encontradas no corpo do ex-espião russo Alexander Litvinenko, achado morto no final de 2006. A investigação encontrou vestígios da radiação com o mesmo material em um sushi bar de Londres, onde o ex-espião havia comido antes de ficar doente. Em uma carta, Litvinenko acusou o ex-presidente russo, Vladimir Putin, de ser o responsável por sua morte. "Você pode conseguir calar um homem (...), mas isso terá consequências, senhor Putin, sobre o resto de sua vida", afirmava a nota. O governo russo negou qualquer participação do seu serviço secreto no caso. A história do dissidente russo virou filme, o documentário "Rebellion. The Litvinenko Case".

Morte de jornalista

Anna Politkovskaia, uma das poucas jornalistas russas que continuou cobrindo a guerra na Tchetchênia e as violações dos direitos humanos durante a presidência de Vladimir Putin (2000-2008), foi assassinada a balas no edifício em que vivia em Moscou em 7 de outubro de 2006. No ano passado, a Suprema Corte da Rússia anulou a absolvição de quatro homens acusados de envolvimento no assassinato de Politkovskaya e ordenou um novo julgamento, após a promotoria argumentar que tinha havido violações processuais pelos magistrados e da defesa durante o primeiro julgamento.

fonte: G1

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