quinta-feira, 8 de julho de 2010

SCUT: empresários galegos e portugueses pedem isenção


Empresários galegos e portugueses apelaram hoje ao Governo para que isente os trabalhadores que diariamente cruzam o rio Minho de portagens na A28, bem como as empresas instaladas nas suas duas margens.

Representantes dos empresários da província de Pontevedra, Galiza, em Espanha, e o presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo estiveram esta manhã reunidos para abordar a questão da introdução de portagens nas SCUT.

Em comunicado enviado à Lusa, os empresários frisam que a introdução de portagens nas SCUT do norte e centro do país “trará graves consequências a todas as empresas, ao comércio e turismo de ambas as margens do rio Minho”.

Afirmando opor-se à introdução de portagens nas SCUT, os representantes dos empresários defenderam que, não podendo travar esta medida, pelo menos fiquem isentos "movimentos industriais", designadamente relacionados com tráfego de mercadorias, empresas e seus trabalhadores.

Consideraram também ser “inconstitucional” que “um país da União Europeia não admita o pagamento com euros”, em dinheiro vivo.

“Trata-se de uma medida discriminatória em relação a outras regiões do país vizinho”, afirmou o presidente da Confederação de Empresários de Pontevedra (CEP), Fernandez Alvariño.

O responsável acrescentou que a introdução de portagens representará uma perda da competitividade empresarial, lembrando que, em 2009, “51 por cento das mercadorias de Portugal com destino a Espanha entraram pela Galiza”.

Sobre vias alternativas, o responsável do CEP referiu que os camiões não podem circular pela EN13 e que a A3, que liga Valença ao Porto, é evitada devido ao seu elevado custo (ida e volta representa 15,10 euros).

O presidente da Câmara do Comércio de Vigo, Garcia Costas, referiu que são muitas as empresas auxiliares instaladas em Portugal que servem a fábrica de Vigo PSA – Peugeot-Citroen.

Também o presidente da Câmara do Comércio de Tui, Gumersindo Alonso, argumentou que o porto de Vigo funciona como infraestrutura prioritária para a entrada de mercadorias, como o granito que tem como destino Portugal.

Os empresários alegaram ainda que são muitos os galegos que recorrem ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, Porto, para realizar viagens internacionais, calculando que “no ano passado, 420 mil galegos utilizaram esse aeroporto”.

fonte: Jornal i

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