domingo, 5 de setembro de 2010

Carlos Cruz divulga vídeos inéditos

Após a condenação de sete anos de prisão efetiva por abuso de menores no âmbito do processo Casa Pia, o ex-apresentador continua a reclamar inocência e publica agora no seu site vídeos inéditos que alegadamente constam do processo.
 

Carlos Cruz diz-se vítima de um «julgamento de preconceito»

O julgamento do processo de abusos sexuais de menores na Casa Pia terminou ontem com a leitura do acórdão final pelo coletivo de juízes da 8.ª vara criminal de Lisboa, presidido por Ana Peres. Seis dos arguidos foram condenados dos arguidos foram condenados , à excepção de Gertrudes Nunes, proprietária de uma casa em Elvas onde supostamente ocorreram as práticas, e que foi absolvida.

Horas após ter conhecido a sentença de sete anos de prisão efetiva, Carlos Cruz deu uma conferência de imprensa num hotel em Lisboa para reiterar novamente a sua inocência.

Referiu-se como vítima de uma "monstruosidade jurídica e um julgamento de preconceito, sem provas" e prometeu divulgar na Internet as "provas da verdade" do processo. Um dos seus advogados, Ricardo Sá Fernandes, reagiu à sentença numa entrevista à SIC e teceu duras críticas aos juízes ao afirmar que estes "não fundamentaram a condenação" do seu cliente.

No site de Carlos Cruz são agora revelados vídeos inéditos que, de acordo com o ex-apresentador de televisão, constam do processo e foram gravados pelo tribunal.

Mira apontada à comunicação social

"Na ausência em Portugal de um bom jornalismo jurídico e de investigação, as notícias que foram sendo divulgadas ao longo destes quase 8 anos nunca reflectiram nem a verdade do que se encontra no Processo nem o que se passou na fase de Instrução nem no Julgamento. As próprias violações do segredo de Justiça, em 2002 e 2003, foram todas cirurgicamente seleccionadas para criar na opinião pública a ideia da minha culpabilidade", lê-se no site de Carlos Cruz.

E justifica a divulgação dos vídeos, nos quais surgem jovens cuja identidade é ocultada com recurso à imagem desfocada: "Calei-me durante todo o julgamento e, apenas quando me convenci de que o Tribunal já tinha uma decisão tomada, resolvi começar a aceitar pedidos de entrevistas e começar a colocar à disposição de todos tudo o que têm direito a saber. Os Juízes julgam em nome do Povo e o Povo tem o direito de saber 'o que está a ser julgado', 'como está a ser julgado' e 'por quem está a ser julgado. Veja agora imagens que Portugal nunca viu, que estão no Processo e que foram gravadas pelo próprio Tribunal. São provas que decorrem de diligências requisitadas ao Tribunal pelas defesas dos arguidos". Nas suas explicações, o ex-apresentador acusa a TVI de ter instrumentalizado uma das vítimas na investigação do Ministério Público.

Na conferência de imprensa de ontem, Cruz prometeu ainda revelar nomes de políticos, dos vários quadrantes partidários, que estavam referenciados no processo mas nunca chegaram a ser ouvidos.

Clique aqui e aceda ao site de Carlos Cruz.

fonte: Expresso

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