Lojas que compram ouro usado duplicaram nos últimos dois anos
Nos últimos dois anos, mais do que duplicaram os retalhistas de ourivesaria licenciados pela Contrastaria Nacional. A compra e venda de ouro é um negócio em expansão contínua que se alimenta também da crise e ambiciona comprar tudo o que temos em casa.
Em dois anos, mais do que duplicaram os retalhistas de ourivesaria
O ouro chegou, ontem, aos 1260 dólares por onça - a apenas 5 dólares do máximo histórico registado no passado dia 21 de Junho -, e os analistas crêem que os próximos tempos continuam a ser de forte valorização. Poderá, mesmo, chegar aos 1300 dólares até ao final do ano.
Estas cotações têm directamente a ver com a confiança que os investidores depositam noutro tipo de aplicações e que, recentemente, com a possibilidade de os bancos europeus estarem a subvalorizar o risco das dívidas públicas, coloca o ouro em excelente posição de refúgio. Também os portugueses estão a investir no metal.
"Vendemos muito ouro para investimento - em barra -, dado que as pessoas se aperceberam que têm a vantagem de não pagar impostos, de ter um bem que está sempre a valorizar e é um bem tangível, ou seja, não é como ter acções que, a qualquer momento, podem deixar de valer seja o que for", adiantou, ao JN, Luíz Pereira, director-geral da rede nacional de franchising Ourinvest. Já com 32 agências abertas ao público, em todo o país, apesar de a marca ter apenas dois anos, a empresa-mãe tem mais de duas décadas de experiência no mercado.
"Não é em dois anos, desde que houve este 'boom' da compra de ouro para fundir, que se adquire tudo o que há em casa dos portugueses", explica, justificando o motivo pelo qual há ainda espaço no mercado para crescer.
"Não significa que as pessoas estejam a vender por causa da crise. Há, certamente, quem o faça, mas temos a experiência de muitos que vendem artigos que tinham em casa e compram barras", revela, ainda. Barras de ouro, mas também de prata, dada a expectativa de valorização (ver página ao lado sobre a prata).
A Contrastaria registou, em 2008, 208 registos de retalhistas de ourivesaria, não havendo uma categoria específica para o negócio da compra e venda de ouro usado. Qualquer ourivesaria pode fazê-lo, porém, dado que, este ano, já há 466 daqueles registos, certamente os números estarão ligados.
A Valores, outra cadeia de franchising em compra e venda de ouro e jóias, abriu 120 agências em dois anos e espera abrir mais 20 até Dezembro."As pessoas não confiam na banca, nas acções, ou então querem diversificar os seus investimentos. Temos vendido muito ouro e sabemos que ainda há muito ouro para comprar. Há negócio para todos", garante André Pinto, administrador da rede.
fonte: JN
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