Deputados: saiba quem falta mais
Parlamento
O PSD lidera a lista dos dez deputados mais faltosos da primeira sessão legislativa da XI Legislatura, com o social democrata Sérgio Vieira a destacar-se com 40 faltas justificadas, de acordo com dados disponibilizados pelo Parlamento.
Sérgio Vieira (PSD), Pedro Rodrigues (PSD), Carlos Páscoa Gonçalves (PSD) e Fernando Marques (PSD) ocupam os primeiros quatro lugares da lista, verificou a Lusa ao analisar as informações disponíveis no sítio da Internet do Parlamento (www.parlamento.pt).
Por grupos parlamentares, o PSD lidera também no total de faltas, com 362, seguido do PS, com 210, e do CDS (67), BE (19), PCP (14) e PEV (1).
Entre os líderes partidários, o presidente do CDS-PP, Paulo Portas está à cabeça dos mais faltosos, com 11 faltas justificadas e duas por justificar.
Nos líderes parlamentares, as quatro faltas justificadas de José Manuel Pureza, do Bloco de Esquerda, dão-lhe o título do mais faltoso, sendo que os líderes de bancada de PS, PSD, CDS-PP e PCP não deram qualquer falta.
O deputado Sérgio Vieira, eleito pelo Porto, é o que mais faltou ao plenário (40 faltas) e, ao justificar todas as faltas, alegou para 31 das ausências “motivo de força maior” e para as restantes nove “doença”.
Questionado pela Lusa, Sérgio Vieira afirmou que as faltas que deu “estão justificadas por motivos de força maior, para acompanhamento de familiar fora do país”, tendo apresentado “atestados médicos e certificados de internamento hospitalar”.
“Para que as faltas estivessem justificadas bastaria alegar força maior, mas mesmo assim decidi apresentar os atestados médicos e, mais ainda, certificados de internamento hospitalar, declarou.
No “ranking” dos mais faltosos, o segundo lugar é ocupado pelo deputado do PSD eleito por Braga Pedro Rodrigues, que faltou 25 vezes ao plenário, tendo invocado “doença” para 23 dessas faltas e “trabalho político” nas duas restantes.
O social democrata Carlos Páscoa Gonçalves, eleito pelo círculo de fora da Europa, deu 23 faltas justificadas na totalidade com “trabalho político”.
O deputado do PSD Fernando Marques, de Leiria, faltou 15 vezes ao plenário, 12 das quais foram justificadas com “doença” e as duas restantes com “trabalho político”.
Na lista dos dez deputados mais faltosos desta sessão legislativa, seguem-se os sociais democratas José Luís Arnaut (Viseu) e Couto dos Santos (Aveiro), ambos com 14 faltas justificadas.
Fecham esta lista o social democrata Carlos Costa Neves (Castelo Branco) e o socialista Mota Andrade (Bragança), que estiveram 13 vezes ausentes do plenário, assim como o deputado do PSD José Cesário (fora da Europa) e o líder do CDS-PP, Paulo Portas.
A assiduidade dos líderes de bancada é tal que nem Francisco Assis (PS), Miguel Macedo (PSD), Pedro Mota Soares (CDS-PP) ou Bernardino Soares (PCP) deram qualquer falta, tendo em alguns casos estado ausentes em “missão parlamentar”, o que não é considerado falta.
A líder da bancada de “Os Verdes”, Heloísa Apolónia, deu uma falta justificada e José Manuel Pureza, do Bloco de Esquerda, quatro.
Entre os líderes partidários que são simultaneamente deputados, Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, é o mais assíduo, não tendo sido registada qualquer falta sua.
O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, faltou duas vezes ao plenário, tendo justificado as ausências com “trabalho político”.
O presidente dos democratas cristãos, Paulo Portas, deu 11 faltas justificadas e duas para as quais não apresentou qualquer justificação.
Nos motivos alegados por Paulo Portas, domina o “trabalho político” (oito), seguido pela “doença” (duas) e um “motivo considerado relevante”.
fonte: Jornal i
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