sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O programa e-escolas já chegou à Wikileaks

Sítio apresenta cópia de licença da Microsoft que, garante, acompanha os computadores distribuídos no âmbito desta iniciativa

O programa e-escolas e as suspeitas de um eventual favorecimento do Governo português à Microsoft já chegaram à Wikileaks, o sítio de Internet que tem denunciado alguns dos documentos mais polémicos a nível mundial. Em relação ao programa português, é apresentada no sítio uma cópia da Licença Microsoft Student que, segundo a Wikileaks, acompanha todos os computadores distribuídos no âmbito desta iniciativa governamental.

A divulgação foi feita a 21 de Dezembro de 2009 e o texto assegura que o documento anexado, uma licença da Microsoft, "vem com todos os computadores distribuídos no programa e-escolas (e possivelmente no programa e-escolinhas também)", lê-se na página da Wikileaks em causa [http://wikileaks.org/wiki/Microsoft_Office_Student_License_key_for_Portuguese_MOPTC,_2009].

Segundo a Wikileaks, este documento prova que "o Governo português efectuou gastos a favor da Microsoft". Embora realce que, segundo fontes do sítio, "o ministério garante nada ter adquirido".

A licença em causa começa por agradecer a aquisição do produ- to "através da sua instituição e de um dos nossos programas para estudantes", apresentando de seguida a chave do produto para ins- talação do software Office 2007.

A folha é encabeçada com a referência ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC) de Portugal e assinada pela Microsoft. Ao DN fonte do MOPTC garante que a referência surgiu só no início e não obrigava os utilizadores a uma vinculação aos programas da Microsoft. "A licença surge ao abrigo de um protocolo de cooperação [ao abrigo do Programa Academic Select] com a Microsoft e só é válida para os utilizadores que optem por este software", frisa fonte do gabinete de António Mendonça, negando qualquer favorecimento.

"O facto de o MOPTC proporcionar, através deste protocolo, que os beneficiários obtenham software bastante mais barato, não significa que a atribuição seja exclusiva à Microsoft", afiança a fonte. Acrescentando que "a opção por software livre foi sempre uma possibilidade dada aos beneficiários, sendo até uma oferta obrigatória no e-escolinhas".

Recorde-se que o e-escolas foi alvo de várias polémicas e de uma Comissão Parlamentar de inquérito ao computador Magalhães.

fonte: DN

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Veja aqui os telegramas publicados por The Guardian

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