GNR a postos para catástrofes e terrorismo
As novas viaturas equipadas com material de luxo podem vir a auxiliar outros países.
Custaram 1, 6 milhões de euros, foram produzidas por uma empresa portuguesa e pensadas por militares da GNR. As cinco novas viaturas ao serviço do Grupo de Intervenção Protecção e Socorro (GIPS) são modelo único no mundo e permitem intervir em catástrofes e cenários de matérias perigosas - uma ajuda fundamental no combate ao terrorismo. A GNR quer também usá-las em resposta a pedidos internacionais.
Segundo o comandante do GIPS, tenente-coronel António Paixão, as novas viaturas estarão operacionais em Setembro, altura em que vão solicitar à Autoridade Nacional de Protecção Civil para inscrevê-las num mecanismo comunitário. "Vamos estar aptos a responder a pedidos de ajuda internacional", disse ao DN.
Das cinco novas viaturas, financiadas em 70% pela União Europeia através do QREN, duas são unidades de intervenção rápida: uma direccionada para catástrofes das quais resultem cenários de estruturas colapsadas e vítimas, e outra para mátérias perigosas. Foram concebidas de forma a poderem ser transportadas por um C-130 da Força Aérea ou até por um helicóptero Kamov.
"São carros de reconhecimento e avaliação da situação", explica o oficial. Na prática, podem ser usadas em cenários de sismos, por exemplo, e contêm todo o tipo de material de primeira intervenção, para corte, remoção e sustentação de edifícios colapsados.
Para uma segunda intervenção, mais complexa, foram ainda concebidas duas unidades de intervenção táctica, com equipamentos mais especializados. Estas são compostas por contentores amovíveis repletos de compartimentos com todo o material necessário à operação em causa.
O quinto novo carro, já estacionado no quartel-general do GIPS, nas Galinheiras, Lisboa, está preparado para "mergulho umbilical" e mergulho em águas contami- nadas, devendo ser usado pela Unidade Especial de Operações Subaquáticas, dando aos militares uma maior capacidade no mergulho.
O novo equipamento vai permitir à GNR "dar uma maior resposta em catástrofes, num acidente que envolva um transporte de mercadorias perigosas ou mesmo na detecção de produtos químicos na sequência de um ataque terrorista", explica o comandante.
A GNR vai estar preparada para auxiliar autoridades internacionais. "Não há nenhum modelo no mundo assim", ressalva António Paixão, que também contribuiu para o projecto concebido por uma empresa portuguesa.
As ameaças à segurança interna são, segundo o último Relatório Anual de Segurança Interna, trasnacionais devido "ao esbatimento de fronteiras". Entre estas ameaças destaca-se o terrorismo e a proliferação de armas de destruição em massa.
Numa das viaturas há um equipamento que a GNR considera já a sua "coqueluche" no combate ao terrorimo. Trata-se de um sistema de alerta que permite identificar 13 produtos biológicos, entre eles o anthrax.
fonte: DN
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