domingo, 15 de agosto de 2010

Coreia do Norte ameaça Seul com "a mais grave punição" de sempre


O aviso surgiu um dia antes de as tropas norte-americanas e sul-coreanas iniciarem 10 dias de manobras

A Coreia do Norte ameaçou hoje a Coreia do Sul com “a mais grave punição jamais infligida a alguém no mundo”, por causa das novas manobras que vai efectuar com os Estados Unidos.

O Exército e o povo da Coreia do Norte “darão um golpe sem piedade” para responder aos novos exercícios militares conjuntos das Forças Armadas sul-coreanas e norte-americanas, declarou um porta-voz do comando de Pyongyang, num comunicado publicado pelos média oficiais.

“Já o decidiram e declararam-no no país e no estrangeiro”, afirmou aquele porta-voz da direcção do Exército norte-coreano, ao ameaçar com “o mais grave castigo” a Coreia do Sul pelas manobras que irá efectuar esta semana com os Estados Unidos.

O aviso surgiu um dia antes de as tropas norte-americanas e sul-coreanas iniciarem os 10 dias de manobras com a designação de Ulchi-Freedom Guardian, exercício militar conjunto que se centra essencialmente na defesa da Coreia do Sul de um eventual ataque da Coreia do Norte.

Estes exercícios começaram em 1976 e decorrem anualmente em Agosto ou em Setembro, sendo a palavra Ulchi retirada do nome de um famoso general coreano do século VII, comandante-chefe do Exército do antigo reino de Goguryeo, que se situava no Norte e no Centro da península da Coreia, alargando-se ainda pelo Sul da Manchúria.

Entretanto, o Presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, pediu a Pyongyang que abandone as suas provocações militares e que proceda a uma “corajosa mudança” no caminho da paz.

Num discurso feito hoje, para marcar a libertação de toda a península da ocupação japonesa, o Presidente falou de uma eventual reunificação de todos os coreanos.

As relações bilaterais encontram-se agora no seu ponto mais baixo, devido ao afundamento em Março da corveta sul-coreana Cheonan, que segundo Lee foi vítima de um “ataque não provocado” da Coreia do Norte, tendo morrido 46 marinheiros.

“O Norte nunca deverá aventurar-se a efectuar outra provocação, nem nós a toleraremos, se eles a voltarem a fazer”, afirmou o Presidente sul-Coreano.

fonte: Público

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Veja aqui os telegramas publicados por The Guardian

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