segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Talibãs querem cooperar no inquérito aos civis mortos


O comandante dos talibãs propôs hoje cooperar com as forças internacionais no inquérito sobre os civis mortos no Afeganistão, dias depois de ter sido acusado pela ONU de ser responsável pela maioria das mortes civis no país.

Num comunicado enviado à agência noticiosa francesa AFP, o comandante dos talibãs - o principal grupo de rebeldes no país - propõe a formação de uma comissão, composta por representantes especiais da Conferência Islâmica, agências da ONU para os direitos humanos, representantes das forças da NATO e do Afeganistão.

Essa comissão teria por objectivo "promover os inquéritos sobre os civis mortos em todo o país".

O comandante talibã defende que essa comissão terá acesso às zonas que ele controla.

A organização não governamental (ONG) afegã de defesa dos direitos humanos "Afghanistan Rights Monitor" (ARM) saudou hoje a iniciativa dos talibãs e exortou o governo afegão e as Nações Unidas a responderem favoravelmente a esta proposta.

A ARM pediu ainda aos talibãs para "fornecerem garantias concretas da segurança dos inquiridores" e "garantias" de que não serão submetidos a "assédios, ameaças e violências".

A representação da ONU em Cabul publicou na semana passada um relatório que indica que mais de 1200 civis foram mortos no primeiro semestre de 2010, mais 25 por cento quando comparado com o mesmo período de 2009.

Segundo o relatório, os talibãs matam, em média, sete vezes mais do que as forças internacionais e afegãs.

Os talibãs são responsáveis por três em cada quatro ações que conduzem a mortos e feridos, lê-se no documento.

Por seu lado, os talibãs classificaram o relatório da ONU de "propaganda".

fonte: DN

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Veja aqui os telegramas publicados por The Guardian

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