Presidente nega apoio a mesquita no 'Ground Zero'
Obama suaviza declarações sobre centro islâmico em Manhattan. 68% dos americanos são contra. Em Novembro há eleições
A polémica foi tanta que Obama viu-se obrigado a esclarecer: "Neste país tratamos todos por igual, em conformidade com a lei, sem ter em conta raça ou religião. Não comentei e não comentarei nada sobre se acho ou não prudente autorizar uma mesquita ali", disse o Presidente dos Estados Unidos à margem do seu fim-de-semana de férias em Panama City.
No sábado fora noticiado que Obama defendera a construção de um centro cultural islâmico a dois quarteirões do Ground Zero, num jantar que deu na sexta-feira à noite, na Casa Branca, por ocasião da quebra do jejum que os muçulmanos fazem depois do pôr-do-sol durante o mês do Ramadão.
"Enquanto cidadão e Presidente creio que os muçulmanos têm o direito de praticar a sua religião como qualquer outra pessoa neste país. Isso inclui o direito a construir um local de culto em terrenos privados na baixa de Manhattan", afirmou o chefe do Estado, em referência à Casa de Córdoba, centro cultural islâmico planeado para muito perto da zona de impacto dos atentados terroristas do 11 de Setembro de 2001 contra as Torres Gémeas.
As declarações de apoio de Obama, que ele agora suavizou, receberam duras críticas dos sectores republicanos e das associações de vítimas do 11-S. "Barack Obama abandonou a América no mesmo lugar onde ela perdeu o seu coração há nove anos", disse Debra Burlingame, irmã de um dos pilotos mortos e porta-voz de diversas famílias.
O presidente da câmara de Nova Iorque, Michael Bloomberg, que foi eleito pelos republicanos mas agora é independente, também é favorável ao centro. A construção do mesmo esbarrou numa petição dos amigos do edifício centenário que ele substituir. Mas no dia 7 foi dada luz verde à demolição e à nova construção. Mas qual o problema para Obama? 68% dos americanos são contra o projecto e a 2 de Novembro há eleições intercalares (para renovar toda a Câmara dos Representantes e um terço do Senado).
fonte: DN
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