terça-feira, 31 de maio de 2011

Barrigas de aluguer estão a aumentar com a crise



Há mulheres que são 'barrigas de aluguer' em Portugal, apesar de ser um crime que dá prisão. Cobram até 100 mil euros para conseguir uma casa ou apenas para tirar 'o pé da lama'. E tentam não pensar na criança.

O aluguer do útero é desde 2006 “punido com pena de prisão até dois anos ou pena de multa até 240 dias”, segundo a lei da Procriação Medicamente Assistida.

A proibição não impede que mulheres em Portugal aluguem o útero por montantes que vão até aos 100 mil euros, segundo testemunharam à agência Lusa “barrigas de aluguer”.

Amélia (nome fictício) tem 24 anos e foi a “situação financeira” que a levou a fazê-lo. O emprego “mal dava para pagar as contas” e perseguia o sonho de ter casa própria.

Viu no aluguer do útero uma “forma rápida de ganhar um bom dinheiro” e vai no segundo contrato que em breve deverá resultar em mais uma gravidez.

Quem a procura, nomeadamente pela internet, são “casais impossibilitados de ter filhos, mulheres com medo de modificar o corpo, casais homossexuais, homens que não querem responsabilidades com a mãe dos filhos ou pessoas sozinhas que precisam de companhia”.

Era português o casal a quem entregou a primeira criança. Sem especificar quanto recebeu, diz que normalmente os preços vão de 30 a 100 mil euros, “para casais com uma vida financeira resolvida”.

O resto pouco interessa. “Não me interessa saber quem é, até porque não os vou ver mais na vida. Desde que respeitem as cláusulas do contrato e não maltratem a criança, não queremos saber nada da sua vida. Quanto mais soubermos, pior”.

A inseminação que conduziu à gravidez foi feita numa clínica em Portugal, o que a lei proíbe: “O dinheiro compra essas coisas”, afirma.

O casal acompanhou a gestação. “Sentem-se realizados”, diz Amélia, que reconhece que, para este “trabalho”, é preciso preparação mental. “É normal trabalharmos a nossa cabeça, sempre em negação de ter uma criança”.

Nem todas o conseguem. Alice (nome fictício), 22 anos, decidiu ser “barriga de aluguer” porque, por um problema de saúde, precisou de dinheiro.

Um amigo disse-lhe que um casal homossexual num país europeu procurava uma “barriga de aluguer”. Aceitou “sem pensar” e hoje garante que não foi por ganância, mas por “necessidade”.

Do casal que a procurou sabe pouco. “Não quis saber muito sobre as pessoas, pois quanto menos me envolvesse, melhor”, contou.

A oferta que aceitou foi 30.000 euros, dos quais Alice recebeu 15.000 para iniciar o processo. Mas, à medida que o tempo passava, começou “a pensar que estava a fazer um negócio, a tratar um ser humano como um objecto de troca”.

Mesmo assim, avançou. Fez os procedimentos de preparação para uma inseminação artificial “sem tocar num cêntimo”.

A técnica foi feita numa clínica em Lisboa, na qual Alice nem precisou de falar, pois era um estabelecimento “de confiança da pessoa que queria a criança”.

Na hora de fazer a inseminação, desistiu. “Por muitas que fossem as necessidades, o meu coração de mãe falou mais alto. Devolvi o dinheiro e o assunto ficou por aí”, disse.

“Conheço pessoas que foram até ao fim e arrependeram-se. Por mais que finjam que está tudo bem, e tenham tentado não se apegar à criança, chega a hora em que aparece o sentimento de culpa de ter dado um filho por dinheiro”, assegura.

Segundo Alice, “a crise já duplicou a disposição de mulheres para este negócio e, quem o procura, aproveita pois sai mais barato e escusam de ir à Índia, onde é legal”.

Alice ainda hoje recebe propostas. De casais desesperados por um filho que oferecem o que têm e não têm. Alguns não conseguem chegar ao valor pedido e oferecem carros.

São propostas como estas que Joana (nome fictício), 26 anos, está a analisar há três meses.

Espera apenas acabar os estudos antes de a barriga começar a ver-se e está a tentar organizar-se para não precisar de estar contactável após o parto e não ter de dar satisfações sobre o destino da criança. Para isso, conta passar algum tempo noutro país, se o casal concordar.

Joana já recebeu várias propostas. Não equaciona fazê-lo por menos de 40 mil euros e até recebeu ofertas superiores, mas só avança quando se sentir segura: “É um grande passo, mas tento pensar que estou a ajudar um casal, que a criança vai ficar bem e ser muito amada e que eu vou finalmente poder tirar 'o pé da lama'”.

fonte: Sol

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Deputado tenta sufocar colega


O vice porta-voz do parlamento da Ucrânia, Adam Martynyuk, foi filmado a agarrar um colega pela garganta e a atirá-lo ao chão, num movimento que faz lembrar o wrestling.


Martynyuk estava a presidir a uma sessão na passada quarta-feira no parlamento em Kiev.Tudo começou o deputado Oleg Lyashko pediu para fazer um discurso e Martynyuk recusou. O deputado, indignado chamou o porta-voz de "Fariseu".

Martynuyk saltou logo da bancada e atacou o colega.

fonte: DN

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Secretismo sobre morte de Bin Laden tem os dias contados



À medida que mais senadores e congressistas norte-americanos são 'brifados' sobre a operação que resultou na morte de Osama Bin Laden, a Casa Branca tem cada vez mais dificuldades em proteger a narrativa oficial dos acontecimentos.

A morte do líder da Al-Qaeda, o homem mais procurado do mundo, continua envolta em enorme secretismo. Não só são conhecidos até ao momento poucos detalhes sobre a operação dos fuzileiros norte-americanos, como o Presidente Barack Obama decidiu não divulgar as imagens do cadáver de Osama Bin Laden. No entanto, as fugas de informação dos últimos dias começam inevitavelmente a fazer luz sobre aquele que é considerado um dos maiores triunfos militares da história dos Estados Unidos.

Depois da eliminação do líder terrorista ter sido anunciada na noite de domingo para segunda-feira por Obama, que afirmou que Bin Laden morreu durante uma «troca de tiros», começam a surgir novas informações. Primeiro, as que chegam do Paquistão, onde uma filha do fundador da Al-Qaeda põe em causa a versão oficial dos acontecimentos, declarando que o pai foi abatido «desarmado». Washington já admitiu entretanto que o Bin Laden não empunhava arma alguma no momento da morte. Restam também dúvidas sobre outro elemento do relato feito pela Casa Branca: a morte de uma mulher supostamente utilizada como escudo humano, e qual a sua identidade.

Quarta-feira, novos detalhes foram divulgados à revelia da Casa Branca. Mas desta vez, em Washington, com vários senadores e congressistas já 'brifados' sobre a operação a afirmarem que, por exemplo, Bin Laden estava na posse de 500 euros em notas, o que indica que o extremista islâmico estaria pronto a fugir do local caso recebesse informação sobre a iminência de um raide.

Surgem também informações sobre o planeamento da operação. Sabe-se agora que Barack Obama cancelou em Março o bombardeamento do refúgio de Bin Laden em Abbottabad, Paquistão, devido à impossibilidade da recolha de provas da morte do líder terrorista.

As sucessivas fugas de informação sobre um acontecimento que a Casa Branca quis relatar de forma sucinta e sem detalhe levantam põem agora em causa a capacidade da administração Obama de evitar a divulgação das imagens do corpo de Bin Laden, retidas para, segundo o Presidente, evitar a inflamação dos ânimos do mundo árabe.

«Dada a natureza chocante dessas imagens, penso que representaria um risco para a segurança nacional», justificou Obama em entrevista à norte-americana CBS. A decisão foi criticada por aqueles que argumentam que a revelação das fotografias seria a derradeira prova da morte de Bin Laden.

Quarta-feira, a Reuters adquiriu e divulgou fotografias de três homens abatidos a tiro dentro da casa de Abbottabad. As três vítimas ensanguentadas exibem ferimentos de bala. As imagens não permitem comprovar se os indivíduos estavam armados no momento do ataque.

A sucessão de revelações deixa antever para os próximos dias a divulgação de novos detalhes.

fonte: Sol

Coreia do Norte tem mais de 200 mil presos políticos



Segundo relatórios da Amnistia Internacional a Coreia do Norte detém cerca de 200 mil prisioneiros políticos espalhados por vários campos de trabalho no país, que são alvos de tortura e subnutrição generalizada.

A organização não governamental pelos direitos humanos revelou esta quarta-feira que vários campos de trabalho foram identificados por via de imagens de satélite, avança o britânico The Guardian.

As condições impostas nos campos de trabalho incluem a tortura e a subnutrição, esta última cada vez mais notória desde a crise alimentar que assolou a Coreia do Norte a meia da década de 90.

Os mais de 200 mil presos políticos foram detidos por alegadamente terem cometido crimes contra o regime que vão desde as críticas às políticas do governo, cruzar a fronteira sem autorização ou pela por simples crimes de culpa por associação familiar a um criminoso.

Independentemente do cariz do crime cometido, raros são os prisioneiros que logram escapar das instalações dos campos de trabalho, conta Jeong Kyoungil, uma das únicas três pessoas que, segundo a Amnistia Internacional, já lograram fugir.

Detido entre 2000 e 2003, o norte-coreano adianta que «é frequente ver diariamente pessoas a morrerem», confessando que «ao contrário de uma sociedade normal», a morte era 'motivo de satisfação' pois «quem enterrasse os mortos tinha direito a mais uma taça de comida».

A porção de alimentos diária, conta, consistia em 600 gramas de milho repartidas por três refeições.

Jeong Kyoungil revelou igualmente que vários prisioneiros eram obrigados a passar semanas em celas que eram «pequenas demais para se estar em pé ou deitado».

fonte: Sol

Veja aqui os telegramas publicados por The Guardian

Veja aqui os telegramas publicados por The Guardian
Veja aqui os telegramas publicados por The Guardian