quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cerca de 15% das novas infecções por VIH são crianças com menos de 15 anos





















Voluntários dão corpo ao símbolo da luta contra a sida em Taipé

Em 2010, cerca de 15% das novas infecções pelo vírus de imunodeficiência humana (VIH) em todo o mundo foram em crianças com menos de 15 anos, refere um relatório internacional divulgado, esta quarta-feira, véspera do Dia Mundial da Sida.

Apesar dos novos casos, perto de 390 mil, o valor é bastante inferior face ao pico registado entre 2002/2003, altura em que foram verificadas 560 mil novas infecções em crianças, segundo o relatório "2011-Global HIV/AIDS Response", da responsabilidade da ONUsida, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O documento, divulgado em Genebra, na véspera do Dia Mundial da Sida, que se assinala a 1 de Dezembro, constata que também houve uma diminuição significativa nos números totais.

No ano passado foram registadas um total de 2,7 milhões de novas infecções pelo VIH, o número mais baixo desde 1997 e uma redução de 21% em relação ao pico atingido nesse ano.

Desde 2001, a incidência anual do VIH caiu em 33 países, 22 deles localizados na África subsaariana. A região continua, no entanto, a suportar mais de dois terços (70% ou 1,9 milhões) das novas infecções.

Em outras regiões, a incidência está novamente a acelerar, como é o caso dos países da Europa de leste e da Ásia central, depois de uma diminuição nos primeiros anos de 2000, tal como estão a surgir novas infecções no Médio Oriente e no norte de África, refere o mesmo relatório.

No final de 2010, cerca de 34 milhões de pessoas viviam com o VIH, o número mais elevado de sempre que, segundo os especialistas, se deve ao aumento da sobrevivência. Destes casos, mais de 3,4 milhões são crianças com idades inferiores a 15 anos.

A região do mundo mais afectada continua a ser a região da África subsaariana, onde se registam cerca de dois terços (68% ou 22,9 milhões) dos casos de pessoas infectadas com o VIH. Mais de metade (59%) das pessoas infectadas são mulheres.

Na região que inclui a América do norte e a Europa ocidental e central (onde está incluindo Portugal) viviam com o vírus 2,2 milhões de pessoas, mais 34% do que em 2001 (1,6 milhões). Mais de metade (cerca de 1,2 milhões) viviam nos Estados Unidos.

No mesmo ano, 1,8 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas com a sida, contra 1,9 milhões em 2009 e 2,2 milhões em 2005.

Apesar desta diminuição significativa, os níveis de mortalidade, entre 2001 e 2010, aumentaram 11 vezes na Europa de leste e na Ásia central e mais que duplicaram na Ásia oriental. No Médio Oriente e no norte África, as mortes relacionadas com a sida aumentaram 60% (de 22 mil para 35 mil).

No final do ano passado, o número de pessoas que tinham acesso a tratamento antiretroviral em países de baixo e médio rendimento, segundo os termos utilizados no relatório, atingia os 6,65 milhões, o que significa que este número aumentou 16 vezes nos últimos sete anos.

Com base nestes valores, o relatório indica que quase metade (47%) das pessoas que necessitam do tratamento tem acesso à terapia antiretroviral, mais 1,35 milhões (ou 39%) que em 2009.

No total, 7,4 milhões que viviam com o vírus VIH receberam terapia antiretroviral, incluindo aqueles que viviam em países desenvolvidos.

O relatório destaca ainda que, em 2010, quase 50% das grávidas que viviam com o vírus estavam a receber tratamento para prevenir a transmissão mãe-filho.

fonte: JN

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Morreu a filha de Estaline, Svetlana Peters


Svetlana Estalina em Abril de 1967


Svetlana Peters, filha única do ditador soviético, morreu nos EUA, onde se exilou em 1967. Tinha 85 anos e dizia-se "prisioneira política para sempre do nome do meu pai".

A filha do ditador soviético Joseph Estaline morreu no passado dia 22, na miséria e com cancro, em Richland County, Carolina do Sul, EUA, onde se exilou em 1967, noticiou ontem o "The New York Times".

Svetlana Peters (apelido que adotou para apagar de vez a sua relação com o pai), conheceu várias vidas "dignas de um romance russo", acabando os seus últimos dias no Wisconsin (norte dos EUA), no anonimato e na miséria, depois dos anos em exílio, relata o jornal nova-iorquino.

CIA ajudou-a a fugir da União Soviética

Svetlana Peters decidiu abandonar a União Soviética em 1967, quando se encontrava na Índia. A CIA ajudou-a a fugir para os EUA onde, numa conferência de imprensa, à sua chegada, denunciou o comunismo e as políticas do pai, a quem chamou de "monstro moral e espiritual".

Recorde-se que Joseph Estaline morreu em 1953 depois de três décadas de um regime brutal e foi considerado responsável pela morte de milhões de pessoas.

Svetlana Peters escreveu dois livros best-sellers, entre os quais "Vinte Cartas a Um Amigo", que lhe renderam cerca de 1,7 milhões de dólares.

Mas, numa rara entrevista ao jornal "Independent", em 1990, a filha de Estaline disse que não tinha dinheiro, não recebia qualquer remuneração pelos direitos de autor, e que estava a viver com a filha Olga (fruto do seu casamento com o arquiteto William Peters, de quem se divorciou), numa casa alugada.

Svetlana deixou dois filhos de seus dois primeiros dois casamentos na ex-União Soviética, que também terminaram em divórcio.

O peso do nome do pai

Uma documentarista, Lana Parshina, encontrou-a num lar em Wisconsin, entrevistando-a para o filme "Svetlana Sobre Svetlana". Uma película sobre a sua complicada vida que o "The New York Times" afirma que "valia uma novela russa". 

No percurso da sua vida, Svetlana mudou diversas vezes de nome, procurando apagar todos os laços com o seu pai. Depois de dois casamentos e da morte de Estaline em 1953, utilizou o apelido de solteira da mãe e tornou-se Svetlana Alliluyeva.

Em 1970, tornou-se Lana Peters, depois de um breve matrimónio com o arquiteto William Wesley Peters, um aprendiz de Frank Lloyd Wright.

Numa entrevista publicada em 2010 no "Wisconsin State Journal", a única filha mulher do ditador soviético afirmou estar "muito feliz" naquela região remota, crente de que "o seu pai lhe arruinou a vida".

"Onde quer que eu vá, aqui, na Suíça ou na Índia, em qualquer lugar, eu serei sempre prisioneira política do nome do meu pai", disse. 

fonte: Expresso

domingo, 27 de novembro de 2011

Fado já é Património da Humanidade


Museu do Fado esteve aberto toda a noite à espera do resultado

A Unesco declarou o Fado como Património Imaterial da Humanidade, este domingo, em Bali, na Indonésia.

O Comité Internacional da UNESCO, constituído por 24 países, anunciou, este domingo, em Bali, na Indonésia, o Fado como Património Imaterial da Humanidade.

O antigo presidente da Câmara de Lisboa Pedro Santana Lopes lançou a ideia de candidatar o fado a Património Imaterial da Humanidade e escolheu os fadistasMariza e Carlos do Carmo para embaixadores da candidatura.

A candidatura foi aprovada por unanimidade pela Câmara de Municipal de Lisboa no dia 12 de Maio de 2010 e apresentada publicamente na Assembleia Municipal, no dia 1 de Junho, tendo sido aclamada por todas as bancadas partidárias.

No dia 28 de Junho de 2010, foi apresentada ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e formalizada junto da Comissão Nacional da UNESCO. Em Agosto desse ano, deu entrada na sede da organização, em Paris.

A candidatura portuguesa foi considerada como exemplar pelos peritos da UNESCO, tal como o Paraguai e Espanha.

fonte: JN

domingo, 13 de novembro de 2011

Fim de Berlusconi: 'É como se tivéssemos ganho um Mundial'


Foi com a abertura de garrafas de champanhe e gritos de "liberdade, liberdade" e "Viva Itália" que milhares de italianos festejaram a demissão de Sílvio Berlusconi na praça do Quirinal, sede da presidência da República, quando foi anunciada a saída do poder de Berlusconi.

Os milhares de italianos que juntaram na noite de ontem frente ao Parlamento, à sede do governo e à presidência esperando o anúncio da demissão do primeiro-ministro souberam do facto pelas 21.45 locais (menos uma hora em Lisboa).

Nos minutos que se seguiram, as ruas do centro da capital italiana foram invadidas por milhares de pessoas e automóveis.

Uma multidão que ali estava na praça do Quirinal há algumas horas entoou o hino de Itália e gritaram palavras de agradecimento ao presidente, Giorgio Napolitano, pelo seu papel na transição política.

"É como se a Itália tivesse ganho um Mundial" de futebol, comentou à agência EFE Antonello, um dos manifestantes concentrados em frente do palácio Grazioli, residência oficial do primeiro-ministro, onde peões e condutores festejavam agitando bandeiras de Itália e tocado insistentemente buzinas.

Entre os manifestantes encontrava-se o líder do Povo Violeta, um movimento de oposição a Berlusconi lançado nas redes sociais, Gianfranco Mascia: "Finalmente! É como se fosse o nosso bunga-bunga", disse à agência France Presse, evocando ironicamente as festas de Berlusconi com jovens mulheres.

As manifestações de alegria misturaram-se nalguns momentos com insultos ao ex-primeiro-ministro, com manifestantes a gritarem "ladrão" e "palhaço".

Segundo a EFE, entre as centenas de pessoas nas ruas via-se um comboio de manifestantes que dançava a conga para celebrar a notícia.

Em Milão centenas de pessoas juntaram-se na praça do Duomo, em frente da catedral e aplaudiram a notícia enquanto abriam garrafas de champanhe e entoavam o hino italiano. Tal como em Roma, eram visíveis muitas bandeiras de Itália.

fonte: DN

Veja aqui os telegramas publicados por The Guardian

Veja aqui os telegramas publicados por The Guardian
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