quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Deputados italianos ao estalo no Parlamento


Debate sobre a reforma do sistema de pensões e comentários pouco abonatórios sobre a mulher de Umberto Bossi causam confrontos na Câmara dos Deputados.

O discurso incendiário de Marco Reguzzoni e a troca de mimos entre dois deputados (ao minuto 0:58)

A Itália vive momentos difíceis, e isso não é novidade. Também não é notícia um debate mais acalorado ou uma intervenção menos elegante no Parlamento transalpino. Mas verdadeiramente raro é os deputados chegarem a vias de facto.

Na quarta-feira, no auge do debate sobre a reforma do sistema de pensões, um tema que divide até o Governo de Silvio Berlusconi, a referência a um comentário sarcástico de Gianfranco Fini fez estalar o verniz dos parlamentares. 

Em causa estavam as declarações de Fini, presidente da Câmara dos Deputados e líder do Partido Futuro e Liberdade (oposição de direita), que justificou a oposição de Umberto Bossi (Liga do Norte, na coligação no poder) ao aumento da idade de reforma pelo facto da mulher deste se ter aposentado 'aos 39 anos'. No Parlamento, as provocações mútuas resultaram numa troca de estalos entre dois deputados dos dois partidos. A sessão foi imediatamente suspensa pela vice-presidente Rosy Bindi.

As alterações ao sistema italiano de pensões foi imposta pelos parceiros europeus no âmbito de um vasto conjunto de medidas para evitar que a Itália se torne no quarto país da zona euro a pedir ajuda financeira. No início da semana, o braço de ferro entre Bossi e Berlusconi quase levou ao colapso do Executivo. Um consenso foi entretanto alcançado entre os parceiros de coligação e o primeiro-ministro italiano apresenta esta quarta-feira em Bruxelas um novo pacote de medidas de austeridade já aprovadas em Roma.

fonte: Sol

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Bode "fascista" de partido suíço foi raptado























Zottel, o bode que é a mascote do Partido do Povo da Suíça, foi raptado por um grupo autodenominado "Acção Antifascista".



O "rapto" deu-se perto de Zurique, na Suíça, no último sábado. E o grupo "Açcão Antifascista" já assumiu ter levado o animal. "Agora também temos um bode expiatório", ironizou o grupo na Internet.

Zottel, de 10 anos de idade, tornou-se mascote do Partido do Povo da Suíça nas eleições de 2007, pois de acordo com os seus responsáveis teria dado sorte ao partido

A polícia de Zurique já abriu uma investigação para tentar encontrar o animal.

fonte: DN

domingo, 9 de outubro de 2011

Governo holandês vai obrigar coffee shops a vender cannabis mais leve






















As lojas vão ter dificuldade em medir a concentração de THC

O Governo holandês anunciou nesta sexta-feira a proibição da venda de cannabis com uma percentagem da substância psico-activa superior a 15 por cento. A medida faz parte de uma campanha que dura há uma década para repensar as liberdades, e acontece meses depois de o Governo defender a proibição da entrada de turistas nas coffee shops – o nome das lojas holandesas onde se vendem drogas leves.

O tetrahidrocanabinol (THC) é a substância responsável pelo efeito psico-activo da cannabis. Segundo o Instituto Trimbus, uma instituição holandesa que estuda as drogas na sociedade, desde que a posse de cannabis foi descriminalizada na Holanda, em 1976, a concentração de THC na planta que é vendida tem vindo a aumentar. 

Hoje, 80 por cento desta substância que se vende nas coffee shops tem uma concentração de THC superior a 15 por cento, com uma concentração média de 16,5 por cento. O Governo argumenta que esta concentração torna a cannabis numa nova droga, cujo perigo para a sáude, principalmente a saúde mental, é igual ao da cocaína e heroína.

“Depois de uma alteração na lei, as coffee shops só vão poder oferecer cannabis com uma quantidade de THC menor do que 15 por cento”, disse numa conferência de imprensa Maxime Verhaging, o vice primeiro-ministro holandês que é responsável pela pasta da economia. “Vemos a cannabis com uma quantidade de THC superior a 15 por cento como uma droga dura, que põe riscos [à saúde] inaceitáveis”, disse em Haia, citado pela AFP.

Dúvidas quanto à implementação

A medida entrará em vigor já em Março ou Abril de 2012, mas os vendedores questionam a utilidade da alteração e como é que vão conseguir implementá-la. Para que as lojas não sejam processadas e fechadas têm que passar a vender variedades mais fracas da cannabis, o que levanta questões. 

“Os comerciantes da cannabis já estão a infringir a lei por isso como é que os testes podem ser legais?”, questionou Maurice Veldman citado pela Reuters, um advogado do grupo de retalhistas de cannabis. Na Holanda só se podem plantar cinco pés de cannabis, acima disso as pessoas são processadas, o que acontece regularmente a quem produz a planta para depois vender. “Não está claro o que é que as coffee shops têm que fazer”, explicou.

Segundo Gerrit-Jan ten Bloomendal, porta-voz da Plataforma para o Negócio da Cannabis, o plano poderá “ser impossível”, disse à AP. “Como é que vamos saber se uma certa dose excede os 15 por cento de THC? Como é que os inspectores vão saber?”, questionou. Para Bloomendal a medida irá ter consequências no mercado negro, com uma nova onda de venda ilegal de cannabis mais potente.

Há ainda uma dúvida em relação à questão da saúde. “Tudo isto vai fazer com que as pessoas fumem mais ganzas e que eu venda mais gramas. Mas como são utilizadas com tabaco, vai ter um impacto maior na saúde”, disse Marc Josemans, dono de uma coffee shopem Masstricht, citado pela Reuters.

O vendedor critica ainda a posição do Governo, que está a transformar a política da Holanda numa política cada vez mais de direita. “Sente-se imediatamente a diferença. Tudo o que eles consideram fora do vulgar chamam de ‘hobbies da esquerda’, e sob este nome eles querem banir todos os ‘hobbies da esquerda’, como fumar cannabis”, disse por sua vez à BBC News.

No início do próximo ano, o Governo quer banir a entrada de turistas nas coffee shops. Segundo a Al Jazeera, Amsterdão tem tentado resistir a esta medida, já que estas lojas são uma das maiores atracções turísticas da cidade.

fonte: Público

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Steve Jobs, fundador da Apple e criador do iPhone, morre aos 56 anos






















A Apple anunciou esta madrugada a morte de Steve Jobs, na quarta-feira. O fundador da empresa e criador de produtos como o Macintosh, o iPad ou o iPhone tinha 56 anos e lutava contra um cancro do pâncreas.

"Estamos profundamente tristes por anunciar que Steve Jobs faleceu hoje [quarta-feira]", indica um curto comunicado do conselho de administração da Apple.

No site oficial da empresa surge uma imagem de Jobs e depois uma mensagem: "A Apple perdeu um visionário e um génio criativo, e o mundo perdeu um grande ser humano. Aqueles que tiveram a felicidade de conhecer e trabalhar com Steve Jobs perderam um querido amigo e um mentor inspirador. Steve deixa uma empresa que só ele poderia ter construído e o seu espírito será para sempre a base da Apple", lê-se. No site oficial da empresa, todos aqueles que o quiserem podem deixar uma mensagem de condolências.

Mark Zuckerberg, criador do Facebook, escreveu na sua página desta rede social: "Steve, obrigado por seres um mentor e um amigo. Obrigado por mostrares que o que construíste consegue mudar o mundo. Vou ter saudades tuas".

Steve Jobs abandonou a presidência executiva da Apple a 25 de Agosto (leia a carta). Antes, em Janeiro, tinha feito uma pausa profissional para mais uma fase de luta contra a doença. Mas voltou e, em Junho, surpreendera ao apresentar o iCloud.

O fundador da Apple já se submetera, em Julho de 2009, a um transplante de fígado.

Na terça-feira foi lançado o iPhone 4S, a primeira novidade da era-pós-Jobs.

fonte: DN

domingo, 2 de outubro de 2011

Igreja Católica ainda não aprendeu a utilizar a internet



























O site oficial do Vaticano

A Igreja Católica continua a ter “dificuldade em aprender” a linguagem da internet e continua a viver, quando muito, na idade da web 1.0. A crítica é do arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais, esta tarde em Fátima.

Falando a jornalistas nas jornadas de comunicação social da Igreja Católica, o arcebispo Celli referiu que, das mais de 8400 dioceses católicas do mundo, “só metade tem sítio na internet”. E a maior parte, diz, “são sítios velhos”, que servem apenas para anunciar as nomeações de padres ou para reproduzir as homilias do bispo. “É uma web 1.0, numa altura em que o mundo já pensa mover-se na web 3.0”, comentou o arcebispo. 

Em Portugal, o panorama não é muito melhor. O padre António Rego, director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja (SNCSI) referiu que, dos mais de 500 títulos de imprensa católica regional, “apenas 42 por cento está online”. E a quase totalidade limita-se a copiar o que é publicado nas edições em papel.

“É isto que interessa às pessoas”, perguntava o arcebispo Celli a propósito dos conteúdos que predominam nos sítios de internet das instituições ligadas à Igreja. E ironizava: “O bispo mais activo e sensível publica no seu sítio diocesano as suas homilias. Eu pergunto, sorrindo, quem as vai ler? Um jovem de hoje não vai ler um texto de 15 páginas.”

Nas jornadas, que esta sexta-feira terminam em Fátima, sobre a era digital como uma revolução cultural e social, o padre Júlio Grangeia, pároco de três paróquias em Aveiro e pioneiro na utilização da internet, insistiu na necessidade de a Igreja estar presente na rede.

fonte: Público

sábado, 1 de outubro de 2011

Tintin já esta a ser julgado na Bélgica























Bienvenu Mbutu Mondondo

O julgamento do caso do livro "Tintin no Congo" começou na sexta-feira em Bruxelas. Em discussão está a mensagem alegadamente "racista" da banda desenhada, que tem em Tintin o actor principal. O processo desenrola-se no país natal do autor onde o herói de banda desenhada é um símbolo nacional.

O queixoso, Bienvenu Mbutu Mondondo, considera que a obra de banda desenhada de Georges Remi, mais conhecido como Hergé (1907-1983) "faz a apologia da colonização" e constitui "um insulto à população negra",conforme declarou antes da audiência, citado pela agência de notícias Efe.

A Acusação apresentou os seus argumentos na primeira instância do Tribunal Cível de Bruxelas. A audição da outra parte vai ter lugar dentro de duas semanas. A editora Casterman e a Moulinsart, sociedade gestora dos direitos de Tintin, são assim chamadas a depor.

Espera-se que a sentença do processo aberto pelo cidadão congolês, que reclama a proibição da obra ou a introdução de uma mensagem acerca do conteúdo, seja conhecida em meados de Novembro.

A primeira edição de "Tintin no Congo" data de 1931, quando o país africano era uma colónia belga, e descreve os naturais como "idiotas, incivilizados e incapazes de falar correctamente", alegou o advogado de acusação, Ahmed L'Hedim, na intervenção perante o tribunal.

"A história inclui diálogos e imagens de acordo com a ideologia da época, na qual era dominante a ideia de superioridade do homem branco, para justificar o colonialismo", acrescentou o advogado.

O objectivo do queixoso é "que a obra não chegue às crianças sem a supervisão de um adulto", requerendo assim a inclusão de uma mensagem de advertência, de um prefácio e a restrição da sua distribuição nas secções infantis das livrarias.

A Acusação entende que o problema "é a visão global do homem negro que a obra dá no conjunto", citando vários exemplos, como o tom das ordens que Tintin dá aos nativos ou ainda o pedido que lhes faz para concluírem a soma "2+2", à qual não obteve resposta.

O advogado da Casterman e da Moulinsart, Alain Berenboom, por seu lado, qualificou de "inaceitável" a possibilidade de incluir uma mensagem de advertência no álbum, porque essa "é uma forma de censura" e significaria "culpar o autor de racismo".

"Tintin no Congo" já foi objecto de polémica na França, Suécia e Reino Unido países onde, por decisão judicial, inclui uma mensagem explicativa do contexto histórico da obra.

Nos Estados Unidos da América há bibliotecas onde a banda desenhada está catalogada como tendo conteúdo xenófobo, ao lado de livros como "Mein Kampf" de Adolf Hitler.

"As Aventuras de Tintin" estão traduzidas em mais de 80 idiomas e venderam mais de 230 milhões de exemplares, em todo mundo.

fonte: JN

Veja aqui os telegramas publicados por The Guardian

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