sábado, 18 de junho de 2011

Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero vai discutir direito à parentalidade



A Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero (ILGA) Portugal vai realizar em Outubro a primeira conferência internacional dedicada à parentalidade das pessoas LGBT, onde os direitos destas famílias e das suas crianças vão estar no centro do debate.

Em declarações à Agência Lusa, o presidente da ILGA Portugal explicou que as famílias LGBT "são já hoje uma realidade" e apontou que as crianças que nascem e crescem no seio dessas famílias "exigem a mesma proteção que é conferida às demais".

"A parentalidade (da perfilhação à adopção, passando pela procriação medicamente assistida) será uma prioridade para a ILGA Portugal e para que a discussão desta questão seja feita com seriedade e cientificidade, traremos os argumentos para o espaço público e político num evento único", divulga a ILGA em comunicado.

Na opinião de Paulo Côrte-Real, há ainda uma ignorância generalizada no que diz respeito à parentalidade das famílias LGBT.

"Hoje, em Portugal, há já várias crianças criadas por pessoas do mesmo sexo. Há várias crianças que só têm uma dessas pessoas legalmente reconhecidas enquanto mãe ou enquanto pai e isso gera, naturalmente, uma desproteção destas crianças", adiantou o presidente da ILGA.

Côrte-Real defendeu que as dúvidas ainda existentes sobre estas famílias desapareceriam assim que fossem conhecidas na realidade, assegurando conhecer muitas destas crianças que têm "uma integração social perfeitamente adequada e cuja capacidade social ou cognitiva não tem qualquer tipo de alteração".

Segundo a informação disponível no comunicado, a conferência decorre no dia 7 de Outubro e é organizada em conjunto com o Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA) do Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE).

"Famílias no plural: alargar o conceito, largar o preconceito" é o título da conferência que conta com a participação de vários especialistas internacionais e tem o apoio do Instituto da Segurança Social.

fonte: JN

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