sábado, 16 de julho de 2011

Obama diz que EUA não são nem a Grécia nem Portugal



O Presidente dos Estados Unidos advertiu esta sexta-feira que o «tempo urge» para aumentar o limite da dívida e evitar o «fim do mundo» do incumprimento, mas ressalvou que os Estados Unidos «não estão nem na situação da Grécia nem de Portugal».

Barack Obama disse estar receptivo a uma proposta «séria» dos seus adversários políticos do partido republicano e recordou que na quinta-feira forneceu um prazo entre 24 horas e 36 horas à Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso dos EUA, com maioria republicana) para chegarem a um acordo, enquanto aumentam os receios sobre um incumprimentos dos seus compromissos financeiros a partir de Agosto.

O Presidente norte-americano adoptou, no entanto, um tom optimista, ao afirmar que os Estados Unidos «não estão nem na situação da Grécia, nem na situação de Portugal», sem adiantar mais pormenores.

«Tenho sempre esperança. Não se recordam da minha campanha?», referiu, numa alusão ao slogan «esperança» que dominou a campanha democrata para as presidenciais de 2008.

«Se não apresentarem um plano sério (numa referência à Câmara dos Representantes) estou preparado para actuar», assegurou. As reuniões organizadas diariamente esta semana na Casa Branca com os republicanos revelaram-se até ao momento inconclusivas.

Em simultâneo, Obama considerou «pouco sério» o plano republicano de garantir um compromisso sem aumentar os impostos e repetiu a sua preferência por um ambicioso plano de redução do défice de quatro biliões de dólares (2,8 biliões de euros) em dez anos.

Na ausência de acordo, Obama também deu a entender que poderia apoiar um complexo programa alternativo sugerido pelo chefe da minoria do Senado, Mitch McConnell.

«Será construtivo dizer que se Washington funcionar como é habitual e seja impossível um acordo, tentemos pelo menos evitar o fim do mundo», disse, ao utilizar o termo bíblico «Armagedão».

Uma nova proposta republicana, que foi hoje divulgada, propõe a redução das despesas federais em 2,5 biliões de dólares e a limitação das despesas da administração para uma percentagem ainda em discussão. Em troca do aumento do limite da dívida pública, também é sugerida uma alteração constitucional para impor um orçamento equilibrado.

Os republicanos pretendem que a votação desta proposta ocorra na próxima semana.

Obama manifestou inicialmente a intenção em reduzir a dívida norte-americana em quatro biliões de dólares nos próximos dez anos. A dívida atinge actualmente os 14,29 biliões de dólares, e continua a aumentar ao ritmo do défice orçamental, que este ano deverá atingir 1,6 biliões de dólares.

Os adversários republicanos de Obama recusam terminar com as isenções de impostos que favorecem as classes média e alta, aprovadas no consulado do Presidente George W. Bush, e consideram que o défice ser apenas reduzido através do corte nas despesas.

fonte: Sol

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