domingo, 19 de setembro de 2010

Amigos viram casa antes da polícia e levaram provas


Polícia tinha conhecimento de que amigos foram a casa da vítima antes da sua visita, mas desconhece a ocultação de documentos
  
As autoridades brasileiras não foram as primeiras a entrar na residência de Rosalina Ribeiro do Rio de Janeiro após o seu desaparecimento, no dia 7 de Dezembro de 2009. A garantia é dada por fonte próxima da vítima - que possuía as chaves do apartamento - e confirmada pela delegacia de homicídios encarregue da investigação.

"Eu entrei lá no apartamento após o seu desaparecimento, mas não achei nada de invulgar. Estava tudo como sempre", revelou, ao DN, a mesma fonte manifestando alguma emoção. Mas, segundo a polícia daquele país, esta pessoa, a quem Rosalina confiava as chaves do seu apartamento carioca, não deve ter sido a única a entrar no local. "Acreditamos que houve mais pessoas a terem ido ao apartamento antes de nós irmos lá [a 26 de Dezembro]."

Ontem surgiram informações, no jornal Expresso, de que alguém próximo da vítima terá conseguido apontamentos da própria - que poderão ser importantes para a investigação - sem que tenha sido dado conhecimento dos mesmos à polícia.

Em resposta, as autoridades do Rio de Janeiro garantiram, ao DN, que vão procurar o detentor desses documentos para tentarem perceber qual a sua intenção ao ocultá-los durante tantos meses. Esta pista surge ao fim de nove meses de investigação, um período em que já foram efectuadas diversas diligências e em que foram chamadas as pessoas mais próximas da companheira de Lúcio Tomé Feteira.

A companheira do milionário português confiava a chave do seu apartamento - em frente à praia do Flamengo - a uma pessoa que já conhecia há muitos anos e que estava encarregue de fazer a manutenção do imóvel, assim como pagar as contas na sua ausência. Só quando Rosalina Ribeiro regressava ao Brasil é que ambas acertavam contas.

Apesar de todos os bens que poderia vir a ganhar em tribunal, a vítima "era uma pessoa que não ostentava nenhum tipo de luxo. Todos os anos trazia a blusa do ano anterior, apenas com modificações feitas por ela" recordou Maria Alcina, a fadista amiga de "Lina" - como esta a trata.

Nos últimos anos, Rosalina Ribeiro vivia apenas com o dinheiro do aluguer de imóveis no Algarve. A garantia foi dada pela sua amiga portuguesa que reside no Rio de Janeiro, Maria Alcina. "Ela contava-me que, devido aos bens estarem bloqueados pela Justiça, tinha de viver com aquele dinheiro" disse ao DN a fadista portuguesa, explicando que não sabia do valor da herança de Lúcio Tomé Feteira. "Só agora, ao receber uma revista Visão, aí de Portugal, é que fiquei a saber daquilo que estava em disputa nos tribunais. Até comentei aqui que não sabia que me dava com uma pessoa com tantos bens. No entanto, o que sempre me interessou foi a sua amizade. E isso sim foi uma riqueza que eu tive e perdi", acrescentou.

A caminho de Portugal continuam as 193 perguntas dirigidas a Duarte Lima, advogado da vítima. No entanto, "como tudo o que segue por via diplomática demora a chegar, na segunda-feira serão também enviadas por fax e e-mail, de modo a que tudo chegue o mais rápido possível", revelaram ao DN, as autoridades daquele país.

fonte: DN

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