quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Submarino "Tridente" vai passar os próximos meses em testes


O submarino "Tridente", que hoje, quarta-feira, recebeu a visita do ministro da Defesa, vai passar o próximo ano a realizar diversos testes já em território português, nomeadamente ao nível do sistema de armas e do ar condicionado.

Após cerca de três anos a completar programas de treino, os 33 marinheiros que compõem a guarnição do "Tridente" tiveram hoje, quarta-feira, a oportunidade de explicar a governantes, militares, empresários e jornalistas, em visitas alternadas, devido à exiguidade do espaço, as capacidades que este equipamento acrescenta à Armada.

Para além do chefe do Estado Maior da Armada (CEMA), do ministro e do secretário de Estado da Defesa, a cerimónia contou com a presença de dezenas de convidados, desde o chefe da Casa Militar do presidente da República, general Carvalho dos Reis, ao director do Instituto de Defesa Nacional, vários directores-gerais, ao presidente da Comissão de Contrapartidas e da Empordef ou ao deputado do CDS-PP João Rebelo.

Um dos oficiais da guarnição explicou à agência Lusa que os primeiros treinos foram nas diferentes empresas que fabricaram componentes (a esmagadora maioria alemãs) para o submarino e que a parte final, já a bordo, durou quase quatro meses.

Com mais de duas mil toneladas (em imersão), 13 metros de altura e 68 metros de comprimento, o novo submarino comprado à Alemanha tem capacidade para operar até dois meses seguidos sem vir à superfície.

"Os antigos submarinos (da classe Albacora) gastavam o dobro para andar à mesma velocidade", referiu o comandante da Esquadrilha de Submarinos, Gouveia e Melo, no 'briefing' que realizou durante a cerimónia, onde também foram inauguradas as novas instalações desta unidade da Armada.

O "Tridente" possui ainda uma autonomia de 12 mil milhas, vários sensores e um sistema de armas composto por mísseis de longo alcance mar-mar e mar-terra, torpedos de longo alcance, minas e armamento ligeiro para protecção própria quando navega à superfície.

"É como comparar um Fiat 127 com um Ferrari", ouviu-se de um membro da comitiva, durante a visita.

Aos jornalistas, o almirante CEMA disse que "hoje é um grande dia para as Forças Armadas e para a Marinha" e que é favorável ao confronto de posições sobre a aquisição dos submarinos.

"É importante que todos exprimam as suas opiniões, que haja um debate público sobre o assunto", defendeu.

O almirante Melo Gomes adiantou que o submarino "Tridente" "vai continuar os testes que estão determinados pelo contrato, designadamente nos sistemas de armas e de ar condicionado".

"Nós propositadamente adiámos esses testes para os podermos fazer nas nossas águas, porque é aí que queremos testar as capacidades do submarino", explicou.

À Lusa, o almirante disse que a Armada vai ter "um ano" para realizar todos os testes necessários para o submarino.

fonte: JN

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