quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Duarte Lima não responde aos pedidos das autoridades brasileiras


Duarte Lima era advogado de Rosalina Ribeiro, assassinada em Dezembro de 2009

Duarte Lima, que, segundo as autoridades brasileiras, terá sido a última pessoa conhecida a ver com vida Rosalina Ribeiro, a secretária e companheira do milionário Lúcio Tomé Feteira, antes de ser assassinada em Dezembro de 2009 no Brasil, não estará a colaborar com as autoridades brasileiras no retrato-robô da mulher loura com quem diz ter deixado a sua cliente, em Maricá, junto ao hotel Jangada.

De acordo com a edição de hoje do Correio da Manhã, Duarte Lima não tem sido sensível aos pedidos das autoridades que estão a investigar a morte de Rosalina para que se desloque ao Brasil para ajudar a identificar a misteriosa Gisele, a mulher loura com quem diz ter deixado a sua cliente, depois do encontro que manteve com ela, numa cafetaria. O jornal adianta que o ex-deputado do PSD nunca respondeu ao pedido da polícia brasileira que não consegue encontrar a mulher referenciada pelo advogado português.

Num fax que enviou às autoridades brasileiras, no dia 9 de Dezembro do ano passado (dois dias após a morte de Rosalina Ribeiro), Duarte Lima explica o encontro que teve com a sua cliente na noite em que foi morta. Lima refere que o encontro foi breve, que ocorreu numa cafetaria do Rio de Janeiro, cujo nome não se lembra, nem local. A única coisa que revela é que deixou Rosalina, em Maricá, na companhia de uma mulher quarentona, loura de óculos escuros.

Depois deste depoimento do advogado português, o inspector encarregue da investigação ao homicídio de Rosalina Ribeiro, contactou uma vez mais Duarte Lima, solicitando-lhe que se deslocasse ao Brasil. Porquê? Porque, de acordo com as autoridades brasileiras, citadas pelo Correio da Manhã, “a descrição feita por fax e telefone [pelo advogado] não permite à polícia fazer o retrato-robô de Gisele [assim se chamará a tal mulher loura], que só o senhor Duarte Lima viu”.

Mas há mais coisas que o ex-deputado não se recorda, como por exemplo, a marca da viatura que alugou para se deslocar de Belo Horizonte ao Rio de Janeiro. O tempo percorrido também está a levantar reservas às autoridades. Lima declarou que fez a viagem em 50 minutos, mas a polícia brasileira afirma que não é possível fazer esta distância em tão pouco tempo.

Por seu lado, o Jornal de Notícias na sua edição de hoje, revela que os advogados no Brasil de Duarte Lima já tiveram acesso às cópias do inquérito ao assassinato de Rosalina Ribeiro, invocando o direito à defesa. O ex-deputado social-democrata não tem estatuto formal no processo, embora seja suspeito por ter sido a última pessoa conhecida a ver a ex-secretária do milionário com vida.

fonte: Público

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