sábado, 23 de outubro de 2010

Sida, uma doença 'altamente democrática'


Quase 30 anos depois do diagnóstico do primeiro caso de sida em Portugal, a doença é hoje «altamente democrática» e não afecta apenas grupos de risco, alertou a presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida (LPCS).

«Esta é uma doença que tem comportamentos de risco associados e muitas vezes tem o estigma dos grupos de risco. É preciso dizer que é uma doença altamente democrática, todos nós podemos ser infectados com o VIH», afirmou Maria Eugénia Saraiva à agência Lusa, a propósito do 20.º aniversário da LPCS, que se comemora hoje.

Ainda hoje muitas pessoas acreditam que a sida é uma doença que afecta apenas os chamados «grupos de risco», como os toxicodependentes, os homossexuais e as prostitutas, mas os dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge demonstram o contrário.

Entre 1983 e 2009 o maior aumento dos casos de sida em Portugal verificou-se entre os heterossexuais, que representam já 36,5 por cento dos infectados.

Em termos acumulados o maior número de casos notificados em Portugal observa-se em toxicodependentes, mas entre 1983 e 2009 o número de casos diagnosticados anualmente tem vindo sempre a diminuir.

Portugal é mencionado no relatório da ONUSida, a agência das Nações Unidas de luta contra a sida, revelado em Julho deste ano, como um dos países onde as novas infecções em toxicodependentes baixaram para metade.

A 31 de Dezembro de 2009, encontravam-se notificados em Portugal 37 201 casos de infecção VIH/sida nos diferentes estádios de infecção.

No entanto, Maria Eugénia Saraiva salvaguarda que esse número pode ser largamente superior, já que estes 37 mil são apenas os que fizeram o teste.

fonte: Sol

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