domingo, 1 de agosto de 2010

2708 genéricos baixam hoje o preço


Reduções chegam a ser de 50% e vão permitir poupar 90 milhões ao Estado e ao utente por ano.

A partir de hoje, quase três mil genéricos vão passar a estar mais baratos nas farmácias. De acordo com a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), são 2708 as apresentações dos medicamentos com preços mais baixos, representando 95% do mercado em valor. E as reduções serão, em média, de 4,45 euros por embalagem. A indústria calcula que Estado e utentes poupem 90 milhões de euros/ano.

Depois da redução dos remédios de marca, a 1 de Julho, os genéricos vão ter de custar menos 15% do que medicamentos originais, com excepção da sinvastatina (colesterol) e omeprazol (doenças gástricas", que podem baixar 35%. Por isso, aos remédios de marca juntam-se agora 2708 apresentações, que incluem diferentes versões do mesmo medicamento. Segundo o Infarmed, haverá 11 596 apresentações no mercado, mas fontes da indústria dizem que "os remédios que baixaram representam 95% do mercado em valor".

A lei (ver caixa) veio introduzir revisões anuais aos preços dos genéricos, mas aqueles cujo preço de venda ao público (PVP) seja abaixo dos 3,25 euros, só descem a partir de 2011 (em função de comparação com o remédio original).

O Infarmed avançou que havia 238 medicamentos (apresentações) nestas condições. Destes, 211 vão cumprir o disposto na lei, mas os restantes 27 reduziram o preço voluntariamente, juntando- -se aos 2681 que cumpriram a norma. A poupança ronda 90 milhões (ver caixa ao lado).

A sinvastatina e o omeprazol representam 30% dos genéricos em valor. As duas moléculas vão baixar de preço até 50%. Isto porque, além dos 35% previstos, os remédios originais com que se comparam já tinham baixado.

Um laboratório contactado pelo DN destacou substâncias - como o donepezilo, remédio para o Alzheimer, que pode custar até menos 30% - com estas duas reduções. Já Francisco Velez, da ToLife, referiu o "losartan, para tratar a hipertensão".

Para fonte da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (Apogen), nova redução representa um esforço adicional para a indústria dos genéricos. Apesar disso, espera que, pelo menos, "as vendas continuem a subir e que os genéricos ganhem quota de mercado", avançou. E alertou que só 3% dos gastos em saúde são com genéricos, não se justificando que sejam o alvo "sistemático das descidas de preços".

A Labesfal e a ToLife admitiram gastos de dezenas a centenas de milhares de euros só com as remarcações de preços nas embalagens. A elas juntam-se as perdas de lucro associadas à redução de preço. "Vamos perder 20% nas vendas deste ano e 15% nas margens", prevê Francisco Velez.

fonte: DN

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