sexta-feira, 6 de agosto de 2010

BP cimenta poço e prepara-se para realizar última operação


Cerca de 4,9 milhões de barris de petróleo - o equivalente a 311 piscinas olímpicas - foram derramados no golfo do México após a explosão e naufrágioda plataforma Deepwater Horizon da BP a 20 de Abril, levando a petrolífera a iniciar uma megaoperação para tentar travar a fuga.

Mas a luta que tem sido levada a cabo para "matar" o poço Macondo parece estar prestes a terminar. Um dia depois de ter anunciado que conseguiu estancar o derrame injectando lama durante oito horas seguidas no poço, a BP informou ontem, em comunicado, que estava prestes a dar início à cimentação do Macondo.

"Tendo em conta o sucesso da operação e dos resultados positivos dos testes, autorizei a BP a cimentar o poço danificado", declarou, na quarta-feira à noite, Thad Allen, o responsável do Governo encarregue de supervisionar as operações de limpeza da pior maré negra da história dos EUA.

Este procedimento deverá ser o último passo da operação 'Static Skill' que , de acordo com a empresa, tem como objectivo "matar e isolar o poço" e servir de complemento à operação final, que está prevista para meados de Agosto.

"Bottom Kill" é o nome que os engenheiros deram ao procedimento que acabará de vez com o pesadelo da BP e que consiste na injecção de mais cimento no poço, através de dois poços de alívio que estão a ser construídos desde o início de Maio.

"A longa luta para travar a fuga e controlar o petróleo está prestes a chegar ao fim. Estamos muito felizes. Contudo, as nossas operações de limpeza vão continuar", afirmou na quarta-feira o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. No mesmo dia, uma responsável da Casa Branca para as questões do ambiente, Carol Browner, anunciou que três quartos do crude que se espalhou pelo golfo do México foram já eliminados.

"Os cientistas disseram-nos que cerca de 25% [do petróleo] não foi recuperado, não se evaporou, nem foi absorvido pela mãe natureza", afirmou Browner.

O impacto do derrame pode fazer-se sentir durante anos.

fonte: DN

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