terça-feira, 3 de agosto de 2010

BP tenta selagem definitiva do poço


Trabalhos de limpeza do crude

Caso os testes de pressão realizados esta madrugada no sistema de contenção de crude instalado no poço Macondo, no Golfo do México, tenham corrido conforme o esperado, a BP deverá iniciar hoje a crucial operação de selagem da estrutura danificada de modo a conter, em definitivo, o derrame de crude que há mais de três meses esteve na origem da pior catástrofe ambiental do género na história dos EUA.

De acordo com a petrolífera britânica, este é o único processo seguro de travar definitivamente a fuga de crude. A operação, que está a ser preparada há semanas pelos técnicos da BP, terá duas fases: na primeira, que terá início hoje, serão injectadas toneladas de lama e cimento no poço danificado, através do dispositivo de contenção instalado pela BP no mês passado, num procedimento conhecido como ‘static kill’.

Concluído o processo, os engenheiros irão verificar se teve êxito e se a pressão no poço se manteve estável e não foram detectadas novas fugas. Em teoria, a lama deverá ser suficiente para conter o crude e o gás. Caso alguma fuga seja detectada durante os próximos dias, os técnicos tentarão identificá-la através de testes apropriados.

Numa segunda fase, dentro de cinco a sete dias, serão injectados mais lama e cimento no fundo do poço, a mais de 4 mil metros de profundidade, através de dois poços alternativos que foram escavados nas últimas semanas. Este processo é designado como ‘bottom kill’ e deverá ser dado como concluído no final do mês, após os necessários testes de pressão e integridade do poço.

O objectivo dos técnicos da BP é estancar o crude na sua origem e não apenas no ponto onde está a ser derramado para o mar. Trata-se de uma autêntica corrida contra o tempo, para conter definitivamente o derrame antes da fase mais activa da temporada dos furacões na região, que tem início em meados deste mês e termina em finais de Outubro.

SOLVENTES TÓXICOS USADOS NA LIMPEZA

O Subcomité de Energia e Meio Ambiente dos EUA está a investigar se a BP violou a lei ao utilizar dispersantes tóxicos em quantidades proibidas nos trabalhos de limpeza do derrame de crude. A petrolífera britânica alega ter sido autorizada a utilizar os produtos pelo responsável máximo das operações de limpeza no Golfo do México, o almirante na reserva Thad Allen.


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