sábado, 4 de setembro de 2010

BP já gastou mais de seis mil milhões de euros com maré negra no Golfo do México


Ontem a BP retirou a cúpula que, em meados de Julho, permitiu estancar a fuga de petróleo

A companhia petrolífera britânica BP anunciou hoje que a maré negra do Golfo do México, desde 20 de Abril, já lhe custou cerca de oito mil milhões de dólares (6,2 mil milhões de euros).

Aquela quantia inclui as despesas efectuadas pelo grupo para conter e limpar o petróleo, a perfuração dos dois poços de apoio, as somas disponibilizadas aos estados costeiros e às autoridades federais, explicou a BP em comunicado.

A companhia gastou duas vezes mais do que a sua estimativa anterior, datada de 19 de Julho.

A BP lembrou que aceitou criar um fundo de 20 mil milhões de dólares (15,6 mil milhões de euros), dedicado à indemnização das vítimas da maré negra. De acordo com o comunicado, a BP já entregou mais de 400 milhões de dólares para responder aos 130 mil pedidos de indemnizações.

Há algum tempo que se coloca a questão da capacidade financeira da BP para suportar estes custos, nomeadamente perante uma eventual interdição da exploração de poços no Golfo do México pelas autoridades norte-americanas. “Se não pudermos manter esses poços em actividade, isso terá um impacto substancial no nosso orçamento”, disse ontem ao “New York Times”, David Nagle, vice-presidente da BP na América. “Isso tornará mais difícil para nós financiarmos as operações”, como a criação de um fundo de protecção do Ambiente, alertou.

Ontem a BP retirou a cúpula que, em meados de Julho, permitiu estancar a fuga de petróleo responsável pela maré negra, uma etapa crucial antes do encerramento definitivo do poço.

A companhia continua a perfurar um dos poços de apoio destinado a colmatar de vez o poço danificado, uma operação que deverá acontecer em meados deste mês, “em função das condições meteorológicas”, segundo o comunicado divulgado hoje.

Estima-se que 4,9 milhões de barris de crude tenham sido libertados para as águas do Golfo do México, desde a explosão e afundamento da plataforma Deepwater Horizon.

fonte: Público

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