domingo, 18 de julho de 2010

Poço não apresenta fugas mas teste deve continuar


BP não detectou libertação de petróleo, mas as experiências vão prolongar-se para lá das 48 horas que estavam previstas.

O teste à integridade do poço de petróleo no golfo do México estava ontem a aproximar-se do fim, mas nem a BP nem as autoridades norte-americanas pareciam dispostas a cantar vitória. "Estamos a sentir-nos mais confortáveis, mas o teste ainda não acabou", disse o vice-presidente da petrolífera, Kent Wells. A pressão no interior estava a aumentar, mas não a atingir os valores esperados, devendo os peritos esticar para lá das 48 horas a duração do teste.

A BP fechou a última válvula da tampa de contenção na quinta-feira, interrompendo pela primeira vez em quase três meses a fuga de petróleo. A leitura de pressão, 41 horas depois, era de 6745 psi, abaixo dos 7500 psi que os cientistas diziam garantir que não havia qualquer fuga no poço. A pressão continuava a subir lentamente, ao ritmo de 2 psi por hora, quando o esperado seria entre 2 e 10 psi.

O principal receio das autoridades é que, por causa da pressão, o petróleo encontre locais para abrir novas brechas, espalhando-se pelas águas do golfo. Um cenário que todos querem evitar, devendo caber ao responsável apontado pela Casa Branca, o almirante Thad Allen, decidir se abrirá novamente as válvulas ou não. Nesse caso, o petróleo será encaminhado por mangueiras para os navios à superfície. E a solução de fechar as válvulas pode ficar apenas para os casos em que se aproximem tempestades - e que obriga a colocar as embarcações em segurança.

A solução final, como lembrou o Presidente Barack Obama na véspera, passa pela conclusão da perfuração dos dois poços de alívio, que deverá acontecer em meados de Agosto. Para já, contudo, os habitantes dos estados banhados pelo golfo estão satisfeitos. Muitos viram o seu modo de vida mudar completamente desde a explosão da plataforma Deepwater Horizon, a 22 de Abril. "Saltei de alegria quando vi que a fuga tinha parado", disse O'Neil Sevin, um vendedor que perdeu a clientela.

fonte: DN

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