sexta-feira, 23 de julho de 2010

Vírus porcino detectado na vacina Rotarix não representa qualquer risco


A vacina previne gastrenterites causadas por infecções por rotavírus

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) informou hoje que avaliação de segurança da vacina Rotarix foi positiva, pelo que o vírus porcino que foi encontrado neste medicamento “não altera a relação benefício/risco”.

Numa circular informativa publicada no site do Infarmed, o regulador explicou que a avaliação resultou dos estudos solicitados à farmacêutica responsável pelo fabrico do medicamento, a GlaxoSmithKline, e que pretendiam detectar a “principal causa da presença, nesta vacina, de ADN de um vírus não patogénico”.

A Rotarix é uma vacina de administração oral, destinada a crianças a partir das seis semanas, para prevenir gastrenterites (diarreias e vómitos) causadas por infecções por rotavírus. Foi autorizada em Fevereiro de 2006 pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e está disponível em Portugal. As vacinas para as infecções por rotavírus não fazem parte do Plano Nacional de Vacinação nem são comparticipadas, apesar de em quase um terço dos internamentos de crianças com diarreia ter sido detectado este vírus, segundo um estudo da Sociedade de Pediatria.

O Infarmed precisou que o Comité de Medicamentos de Uso Humano da EMA concluiu que “a presença dessa estirpe viral (circovírus porcino tipo 1) não altera a relação benefício/risco deste medicamento, que se mantém positiva” e que “esta vacina continua a ter eficácia na prevenção das gastrenterites causadas por infecções por rotavírus. Não há, por isso, motivos para a restrição do uso desta vacina”. Ainda assim, a Glaxo propôs alterar o processo de fabrico para que no futuro este vírus patogénico deixe de estar presente nas doses.

Em Março deste ano, a autoridade de saúde dos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), suspendeu temporariamente a utilização da vacina Rotarix na sequência da detecção do vírus, mas no início deste mês confirmou também a sua segurança. O circovírus porcino tipo 1 pode ser encontrado em certos produtos alimentares como a carne e não está provado que tenha efeitos negativos na saúde. A presença do vírus nesta vacina é, provavelmente, mais antiga mas só foi detectada com o aparecimento de novas tecnologias.

fonte: Público

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